O executivo José Roberto Pernomian Rodrigues, vice-presidente de integridade corporativa da BRF, foi detido, ontem, no âmbito da “Operação Carne Fraca”, da Polícia Federal, suspeito de facilitar crimes gravíssimos contra a população brasileira.

Conselheiros da empresa tentaram vetar sua contratação, em 2013, por conta doutro envolvimento, em 2007, na “Operação Persona”, que investigava fraudes em alimentos da CISCO.

Tratava-se, portanto, de pessoa suspeita.

Foi por ingerência do empresário Abilio Diniz, que bateu o pé em defesa de José Roberto, que a contratação foi definida.

Ontem, a Policia Federal demonstrou quem estava com a razão.

Em regra, as escolhas de Abilio Diniz são complicadas.

Enquanto dono da equipe do PAEC (Pão de Açucar que depois, adquirido por executivo do Bradesco, se transformou em Audax), trouxe para a gestão do futebol o intrépido José Carlos Brunoro, de passado conhecido na imunda Parmalat (à época lavanderia da Máfia) e presente notório no submundo esportivo.

Agora, tem bancado (em todos os sentidos da palavra) a campanha de José Eduardo Mesquita Pimenta, militante do Governo Maluf, ao lado de Celso Pitta, acusado de pedir dinheiro em transações de jogadores, de facilitar esquema nos contratos de imagem do clube e não honrar compromissos fiscais (seus bens estão penhorados), à presidência do São Paulo Futebol Clube.

Ao que parece, mais podre do que os produtos vendidos pelas empresas que preside (segundo a PF) é o dedo de Abílio Diniz, quase sempre apontado para gente complicada, seja no âmbito empresarial quanto no mundo esportivo.

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