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9.318 é a soma dos dois públicos, acreditem, de duas semifinais de Taça Guanabara, no Rio de Janeiro, que, noutros tempos, ultrapassariam, com o pé nas costas, mais de 200 mil pagantes no Maracanã.

Hoje o maior estádio do mundo está caindo aos pedaços na gestão da Odebrecht, uma das empresas mais corruptas do planeta, enquanto outras praças esportivas do estado enfrentam problemas de bastidores para serem utilizadas.

Boa parte destas “arenas”, inferiores às de equipes de várzea da capital de São Paulo.

No Flamengo e Vasco da Gama, em Volta Redonda, 6.979 testemunhas presenciaram a classificação rubronegra, enquanto apenas 2.339 viram o Fluminense superar o Madureira.

O resumo da Ópera no Rio, que proporciona esse vexame operacional, é óbvio: 90 % dos clubes que disputam o campeonato o fazem sem possuir condições mínimas de qualidade esportiva, nem estrutura para receber os grandes, estes inferiores, em muito, até a esquadrões medianos do passado, que utilizam-se de torneio tão ridículo para iludir seus torcedores, passando a impressão de que possuem chances maiores em disputas, futuras, mais relevantes.

Todos amparados pela incompetência e obscuridade da FERJ, incapaz de criar atrativos para o público, mas capaz de forjar numerações e datas para que atletas sejam inscritos em torneios, em flagrante irregularidade, sem que um clube sequer tenha coragem de contrapô-la, talvez por rabo preso, exemplificando a falta de credibilidade que leva o campeonato a se equiparar a um torneio de várzea acrescido de camisas relevantes, vestidas, porém, na grande maioria dos casos, por atletas esquecíveis.

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