Andres Sanches já faz oposição a Mario Gobbi

Ao vender a alma ao Diabo em troca de permanecer no cargo de presidente do Corinthians, Roberto “da Nova” Andrade, em desespero (chorou na reunião de acordo, na sede do Inferno – casa do deputado federal Andres Sanches) recebeu, também o prazo para comprovar sua lealdade: dois meses.

Em não conseguindo, cairá na votação de aprovação de contas, que deverá ser marcada para meados de abril.

Pelo estatuto alvinegro, se as contas forem reprovadas o presidente será afastado.

Eis o grande dilema: é público e notório que o grupo do deputado federal não fala, há tempos, a mesma linga, tendo se esfacelado nas duas últimas gestões (Gobbi e Andrade), unindo-se agora apenas para salvar a própria pele.

Como agradar pensamentos tão diferentes sem contrapor uns contra os outros ou todos contra si ?

Existe também o desconforto, por exemplo, de agredir o aliado Paulo Garcia, dono da Kalunga, que trabalhou (por intermédio de seu funcionário, Antonio Rachid) para evitar o impeachment: os dois principais cargos do clube, a diretoria de futebol e a financeira, ambas com nomes indicados pelo empresário, são desejos de consumo de Andres Sanches.

Há também, dentro desse grupo, quem exija participar do estádio, do jurídico e até quem queira acabar com as categorias de base, de antemão repassadas ao controle do conselheiro Jaça – ligado ao deputado, que faz o diretor (no papel), vulgo Faustinho, deitar, rolar e comer ração na sua mão.

Somete o milagre da multiplicação de cargos ou um dilúvio que apague a fogueira de vaidades conseguirá impedir que a vitória de Roberto Andrade na última votação do Conselho seja utilizada apenas para, diante do descrito acima, ampliar os motivos e adeptos de seu afastamento.

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