O ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), chamado a depor à frente do juiz Sério Moro, em ação que pode condenar outro ex-presidente, Luis Inácio lula da Silva (PT), à cadeia por, segundo o MPF, chefiar a quadrilha que assaltou o país nos últimos anos, deu mostras explícitas de sua real estatura moral.
FHC, mais do que proteger a Lula e seus desvios de conduta, tratou de defender-se, previamente, muito provavelmente por ter comungado de atos semelhantes no período em que sentava na cadeira presidencial.
Defendeu doações de empreiteiras para o acervo presidencial, o recebimento de presentes e até a incompetência do cargo, afirmando que o mandatário do país não pode ser responsabilizado por crimes cometidos por seus subalternos.
Lula e FHC, ambos citados na “Lava-Jato”, chafurdam na mesma lama, que emporcalha, há anos, a política nacional, e serve de amparo às mais diversas barbaridades cometidas pelos próprios e seus seguidores, todos mal-afamados, denunciados e comprometidos com o deplorável sistema “toma-lá-dá-cá”, mote de riqueza de poucos em detrimento da miséria financeira e moral de toda a população brasileira.