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No dia em que o presidente do Corinthians, Roberto “da Nova” Andrade, pediu mais uma licença do cargo, justamente em período de contratações de jogadores, ficou claro que fazia o jogo de Andres Sanches, ainda mais com a necessidade de reaproximação, única chance possível de barrar o processo de impeachment no Conselho, em que o ex-presidente mantém maioria.

Dinheiro é o lenço que enxuga as mágoas desse tipo de gente, fazendo esquecer as ofensas e humilhações.

Fora do cargo, Andrade sequer precisou olhar nos olhos de Flavio Adauto, a quem empossou pouco tempo atrás, e que agora, diante de sua própria falta de coragem e inexpressividade, será relegado ao posto de “rainha da Inglaterra”, talvez com direito a comer migalhas que sobrarem de um bolo que necessita ser devorado até o final de janeiro (fim da janela de contratações).

Sanches retomou o controle do futebol.

Além de já negociar, pessoalmente, a contratação do vascaíno Nenê, deixou o “companheiro” Mauro “Van Basten” livre para negociar com outros atletas, cada qual com sua hierarquia, que será respeitada no momento da divisão de recursos.

Mauro, que é absolutamente ligado ao comentarista Neto, da BAND, com conhecimento de bastidores (e números de contas) suficientes para, ano a ano, permanecer no cargo, mesmo tendo seus aliados, vez por outra, digladiando-se pelo resultado nas operações.

Resta saber se após secar a fonte deste período de contratações Sanches manterá a palavra com Roberto, trabalhando para salvá-lo da degola, ou será seu Judas (como já foi de Alberto Dualib), e, de bolsos cheios, apoiará o impeachment e a posterior efetivação de um candidato à presidente que lhe garanta algum poder no futuro.

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