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Na última reunião de Conselho Deliberativo do Corinthians, uma Comissão de conselheiros do clube, criada para avaliar o desempenho da auditoria contratada à pretexto de fiscalizar o estádio de Itaquera, fez exposição de relatório arrasador.

Constatou-se, no mínimo, grande incompetência entre os dirigentes alvinegros envolvidos na gestão do negócio.

A sugestão foi de afastamento daqueles que atualmente representam o Timão em reuniões com a construtora (são eles, hoje, Andres Sanches, Lucio Blanco, Felipe Santoro, etc.), que seriam substituídos por especialistas da área financeira, jurídica e de engenharia.

Em desespero com o que foi exposto, durante a reunião, Andres Sanches tentou indicar os nomes dos substitutos, mas teve pleito negado pela presidência do Conselho, sob argumento de que o parlamentar não possui sustentação estatutária para fazê-lo, apenas o órgão, em seu colegiado.

Os nomes sugeridos pelo deputado ?

Raul Corrêa da Silva, Luis Paulo Rosemberg, Heroi Vicente, entre outros, digamos, partícipes, até outro dia, por ação (os dois primeiros) ou omissão, da desastrosa gestão da Arena.

O relatório deixa claro, também, que muitas das obras não completadas pela Odebrecht, entre as quais os camarotes, geraram prejuízos incalculáveis ao Corinthians, que deles não pode dispor para se capitalizar ou diminuir a pendência do estádio.

Evidenciou-se, também, no documento, que a auditoria, gerida pelo advogado de Sanches (um escândalo!) pouco ou nada avançou diante do que outros auditores, que a precederam, trouxeram de informações.

Não fosse a disposição do arquiteto Anibal Coutinho em ajudar a Comissão, mesmo diante do calote que recebeu do clube (mais de R$ 11 milhões), muitas das histórias e desvios de conduta do estádio em Itaquera seguiriam submersas na incompetência, e também, conivência, dos gestores – pelo lado do Corinthians, do empreendimento.

Diante deste quadro e das comprovações elencadas pelo grupo de conselheiros do clube, não resta outra saída ao presidente Roberto “da Nova” Andrade (também co-partícipe do caos) senão o de destituir a todos (Sanches, principalmente, que opera escritório no estádio), nomeando outras pessoas, de reconhecida capacidade, mas sem envolvimento político com o grupo anterior, no intuíto de tentar melhorar as condições do Corinthians diante de um contrato, até o momento, absolutamente lesivo aos caixas alvinegros.

O referido relatório veio à luz pelo trabalho de campo de Carlos Luque e Roque Citadini (conselheiros), com alguma cooperação de Emerson Piovesan (diretor financeiro), a benção de Newton Ferrari (conselheiro) e a ausência de idéias de Flavio Adauto (diretor de futebol), todos membros da Comissão.

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