andres, dilma, marcelo odebrecht

Recentemente, publicamos toda a contabilidade do Arena Fundo de Investimento Imobiliário – FII (balanços, etc.) gestor do estádio em Itaquera, utilizado pelo Corinthians e também relatórios enviados pela BRL TRUST (gestora do fundo), aos órgãos de fiscalização, entre os quais a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Exclusivo! As contas do estádio de Itaquera (com documentos)

Através destes documentos, descobrimos que dos R$ 985 milhões cobrados pela Odebrecht, após a majoração do preço final (o acerto anterior era de R$ 820 milhões), consentida no quinto aditivo, assinado pelo presidente Mario Gobbi e seu diretor financeiro, Raul Corrêa da Silva, R$ 619.057.522,31 já haviam sido quitados.

Ou seja, a construtora teria, oficialmente, apenas R$ 365.942.477,69 a receber.

No último dia 10 de novembro, o Arena Fundo, talvez intimidado com a recente exposição de suas contas, enviou à CVM relatório com pouquíssimos dados, referentes ao exercício de outubro/2016, diferentemente doutros (mostrados pelo blog), em planilha quase de aprendiz de Excel.

Sequer anexou, como deveria, parecer de auditoria, que ajudaria a detalhar melhor lucros, despesas, etc.

De relevante, um estranho (e inexplicado) aumento da dívida com a Odebrecht, de R$ 365,9 milhões para R$ 486.470.195,13, verificados no item “total investido” (quitado com a Odebrecht), dando conta de R$ 498,5 milhões contra R$ 619 milhões anteriores.

O aumento da pendência com a Odebrecht, em dois meses (a diferença dos números de agosto para outubro), ultrapassou R$ 120 milhões.

Corinthians, CVM e demais interessados precisam de dados mais detalhados (desta vez ocultados pelo Fundo) para entender e, principalmente, fiscalizar melhor a questão.

Outro aumento discriminado foi o da taxa de administração, que passou de R$ 89 mil (R$ 1.068.000,00/ano) para R$ 92,7 mil/mês (R$ 1.112.400,00 e, doze meses).

Abaixo a planilha enviada pelo FUNDO ARENA À CVM:

arena-fundo-nov-2016

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