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O Blog do Paulinho trabalha, há algum tempo, com informações de fontes garantindo que o deputado federal Andres Sanches (PT), ex-presidente do Corinthians, teria recebido R$ 18 milhões em propina da Odebrecht, construtora do estádio de Itaquera, por intermédio da empresa Stillo’s Produções e Eventos (especializada em Formaturas de Faculdades), contratada pelo Arena Fundo para, oficialmente, preparar a Arena para os eventos da Copa do Mundo 2014.

Evidentemente, sem as quebras de sigilos, que deverão ser solicitadas pela Operação Lava-Jato, esse tipo de denúncia é sempre difícil de ser comprovada.

A proprietária da Stiloo’s, Andrea De Cassia Palumbo De Santis, mesmo após mais de dois anos do término do Mundial, permanece dando as cartas em Itaquera (como espécie de “gerente informal”), comportando-se, segundo diversas testemunhas, como se fosse mulher de Andres Sanches.

Há até quem desconfie que, de fato, seja.

Ontem, porém, ao analisar os balanços e demais demonstrativos contábeis da Arena Fundo, gestora do estádio, verificamos itens que, em se comprovando o pagamento de propina, podem, talvez, ser o real caminho de parte dos desvios.

Em 15 de novembro de 2014, o Fundo contabilizou a devolução de R$ 10.736.000,00 realizada pela Odebrecht, que os gestores teriam pagado, equivocadamente, à construtora, no dia 18/06/2014.

O Fundo alegou que o dinheiro deveria ter sido destinado (segundo o documento) à fornecedora contratada, em 22 maio de 2014 (um mês antes), para realizar “ajustes da Copa” (overlay).

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Novamente, em julho de 2015, é discriminado pagamento, desta vez de R$ 41.970.000,00, especificado como “manutenção e conservação (incluso “Overlay)”.

Levando-se em consideração que Andres Sanches já foi delatado pelo executivo da Odebrecht, Alexandrino Alencar, que indicou pagamento de propina da construtora ao parlamentar disfarçada de contribuição eleitoral, acrescido à fama, adquirida no submundo esportivo, que levou o então presidente do Corinthians a ser apelidado “Taxinha”, sem contar a recente prisão de seu chefe de gabinete, também dirigente alvinegro, Andre Negão, acusado de receber R$ 500 mil indevidos da mesma fonte, não se deve fechar os olhos às menores evidências, ainda mais quando as coincidências se aproximam tanto do que é factual.

ABAIXO ATA DA REUNIÃO QUE FORMALIZOU A CONTRATAÇÃO DE DIVERSOS PRESTADORES DE SERVIÇOS DO ESTÁDIO, ENTRE OS QUAIS A “STILLO’S”:

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