guilherme paraense

Vale a pena conferir o documentário “Ouro, Prata, Bronze… e chumbo!”, produzido e dirigido pelo genial José Roberto Torero, que mostra a trajetória dos atletas brasileiros que disputaram, em 1920, as VII Olimpíadas, na Antuérpia (Bélgica).

Neste evento conquistamos nossas três primeiras medalhas Olímpicas.

Destaque para Guilherme Paraense, ex-atleta do Fluminense, nosso primeiro medalhista de ouro olímpico, no Tiro, na modalidade pistola rápida, que conquistaria também a medalha de bronze por equipe na prova de pistola livre.

Após a vitória, o atleta seguiu carreira militar, aposentando-se como Coronel, tendo participado, inclusive, da Revolução e 1930.

Paraense e seus companheiros de equipe financiaram a viagem às Olimpíadas com dinheiro do próprio bolso, saíndo do Brasil pelo porto do Rio de Janeiro.

Vinte e três dias depois, percebendo que chegariam atrasados, saltaram da embarcação em Lisboa e pegaram um trem para a Antuérpia.

Nesta viagem foram roubados, perdendo bagagens e alguns armamentos.

Cansados, sem dinheiro e com muita fome, somente conseguira disputar os Jogos graças a ajuda da Delegação dos EUA, que, penalizados com o desespero dos brasileiros, forneceu-lhe mantimentos e doou-lhes as armas reservas que possuíam.

O documentário relata com sensibilidade e bom humor esse feito absolutamente notável do esporte brasileiro.

EM TEMPO: Décadas depois, Flávio Paraense, neto de Guilherme, também defendeu as cores do Fluminense, mas noutro esporte, o futebol.

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