tite

O treinador Tite decidirá, nas próximas horas, se aceitará ou não servir à Seleção Brasileira, porque a cúpula da CBF já está fechada em torno de seu nome.

Há diversas questões a serem colocadas à mesa.

Tite exigirá levar consigo boa parte da comissão técnica do Corinthians, o que se trata de um acerto.

Erra, porém, ao desejar que Edu Gaspar, gerente de futebol do Timão, substitua Gilmar Rinaldo (i).

Ambos atuam, veladamente, como agentes de jogadores.

Apesar de que, nesse novo contexto, as asas de Gaspar poderão ser podadas, já que, diferentemente de um clube, onde o treinador, por vezes, recebe jogadores contratados em “esquema” para treiná-los, sem que necessariamente esteja inserido nas negociações (isso ocorre no Corinthians), na Seleção a responsabilidade da escolha de todos os atletas seria única e exclusivamente de Tite, o que impediria desvios de conduta conhecidos em gestões anteriores.

É ai que surge a questão: até que ponto interessaria aos corruptos da CBF, ou a outros envolvidos (entre os quais patrocinadores), a impossibilidade de interferência em convocações do escrete canarinho ?

A resposta, talvez, esteja no ditado popular: “entregar os anéis para não perder os dedos”, ou seja, abrir mão de lucrar, de maneira espúria, no departamento de futebol para salvaguardar outras fontes de desvios de conduta e dinheiro.

Certo é que Tite, sabedor de que será funcionário de uma Casa Bandida, terá que se impor desde o princípio, para evitar interferências, além de, como faz usualmente no Corinthians, tapar o nariz para não ser impregnado pelo fétido odor oriundo das salas em que chafurda a cartolagem.

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