cassio

Ao ser contratado pelo Corinthians, por critérios nada técnicos, habituais nas últimas gestões alvinegras, o goleiro Cássio era um goleiro sem destaque na profissão.

Tratava-se, em verdade, de uma ação entre amigos entre o empresário Carlos Leite e seu parceiro, o treinador Mano Menezes, influente no clube.

Até então, Cassio tinha uma passagem irrelevante pelo Grêmio, outra pelo PSV (no banco) que o emprestou ao Sparta Rotterdan (onde teve participações muito ruins), que, seis meses depois, tratou de devolve-lo aos holandeses.

À época da contratação pelo Timão, Cassio havia sido dispensado pelo PSV (por deficiência técnica) e estava desempregado.

No Corinthians, evoluiu, mas sempre teve atuações inconstantes, sendo elevado à fama num golpe de sorte (a defesa do chute de Diego Souza) que levou o clube a conquistar a Libertadores, e uma participação segura na final do Mundial de Clubes, na vitória contra o Chelsea.

Daí por diante, o rendimento desabou.

Encostado no sucesso adquirido, Cassio, internamente, perdia-se em meio a demonstrações de prepotência, que, ao final, ajudaram em sua derrocada.

Ontem, por exemplo, escondeu a verdade ao, publicamente, atacar o preparador de goleiros, tentando grudar-lhe a fama de “traíra”, insinuando que não foi orientado adequadamente quando da sua queda de produção.

Não é verdade.

Recentemente, Cássio foi convocado para reunião com a Comissão Técnica que tinha por objetivo analisar as razões pelas quais permanecia falhando, no intuíto, exatamente, de corrigir eventuais problemas, mas, de maneira arrogante, disse “não concordo com vocês, não estou falhando”, e saiu do encontro sem aceitar as sugestões.

Mauri Lima, o preparador de goleiros atacado, e Tite, que buscavam ajudá-lo, saíram de lá com o problema agravado.

Por fim, não cabe, também, a ironia dispensada pelo goleiro no assunto “morte da avó”, tentando ligá-la, de alguma maneira, a possível “trairagem” em seu afastamento.

Nos bastidores, soubemos, teria ocorrido exatamente o contrário.

Casso solicitou à comissão técnica afastamento da partida contra o Grêmio para ir ao velória de sua parente, mas foi autorizado a comparecer ao local, sob promessa de voltar à tempo de jogar.

Fonte garante que, passando por cima de seus superiores, o goleiro, então, procurou a diretoria de futebol e conseguiu anuência para a ausência, que somente teria sido comunicada a Tite e demais membros da comissão (que trabalhavam com o nome do goleiro na titularidade) pouco antes do embate.

O ato de prepotência teria sido a gota d’água para um atleta que, há tempos, jogava encostado na fama, mas, dentro de campo, pouco contribuía para a equipe.

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