ratos cbf

Da FOLHA

Por JUCA KFOURI

No país da piada pronta, perde-se o amigo, jamais a anedota.

Como revelado pelo repórter Rodrigo Mattos em seu blog no UOL, do Grupo Folha, em outubro a Petrobras rompeu o contrato de patrocínio da Copa do Brasil.

A estatal não disse estar cansada dos escândalos da CBF, ao contrário do apurado pelo calejado jornalista, premiado com o Prêmio Esso de 2012, nestaFolha.

Em dezembro tinha sido a vez de a Gillette cortar relações com a CBF e agora a Sadia deixou de patrociná-la, por saber que a destruição de uma marca é bem mais rápida que a construção.

Também a Sadia, da BRF Brasil, cujo presidente do Conselho Administrativo é o empresário Abílio Diniz, não diz que os escândalos a afastaram da CBF, mas o motivo do rompimento foi exatamente este.

A Fifa se mexe e a CBF imagina a solução na figura bizarra do coronel Nunes.

Tanto não é que a entidade teve de recuar rapidinho e engolir a Primeira Liga, tal o respaldo dado ao seu torneio pela opinião pública e pela mídia.

Se a saída da Petrobras parece o roto abandonando o esfarrapado, aí a piada pronta, leve-se em conta o esforço dos novos gestores para limpar a sujeira instalada em suas entranhas, ao contrário do que ocorre na Casa Bandida onde não há remendo que a remedeie.

Nova eleição, sob novas regras, sem as cláusulas de barreira que impedem candidaturas de pessoas de bem à presidência, é a saída.

Até acontecer, sentiremos o odor podre de um cadáver insepulto que insiste em sobreviver.

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