raul correa

O Conselho Deliberativo do Corinthians, excetuando-se o conselheiro Rubens Gomes, o Rubão, aprovou, recentemente, as contas da gestão Mario Gobbi, mesmo com claros indícios de irresponsabilidades, para não dizer coisa pior.

Fica claro, após a divulgação do balanço, que empresários de jogadores (alguns com discurso de benemerência) levaram grande vantagem ao emprestar dinheiro ao clube.

Não apenas pela taxa de juros cobrada (maiores do que as de instituições financeiras com as quais o clube mantém conta corrente), mas pela claro vínculo de negociações (nem sempre favoráveis ao Corinthians) como garantia de pagamento.

Enquanto o Bradesco cobrou 1,2% e o Itaú 1,1% para emprestar dinheiro ao Timão, o então conselheiro alvinegro, Fernando Garcia, exigiu (e receberá) 1,4%.

Puro ato de “corinthianismo”, como definiu o irmão Paulo Garcia, dono da Kalunga, que também infelicita o Parque São Jorge.

Há outros, como Carlos Leite, que cobrou 1,5% e o BMG (que tratamos como empresários), com extorsivos 1,86% (justificados pelo retorno de 0,5%, que, comprovamos, é depositado na conta do “olheiro” Mauro “Van Basten” para depois ser dividido com dirigentes do Timão).

A justificativa do Diretor Financeiro à época dos empréstimos, Raul Corrêa da Silva, ao Blog do Perrone, que “qualquer taxa de juros abaixo de 2% ao mês boa”, e “valeu a pena pagar taxas mais altas e conseguir o dinheiro mais rapidamente” demonstra, com exatidão, as razões do clube viver, atualmente, situação financeira tão lamentável.

Negócios tão ruins realizados por gestores que nunca erram em suas finanças pessoais (a cada ano, mesmo não sendo remunerados no Corinthians, ostentam mais riqueza) são claros indícios de que existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia…

Facebook Comments