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Recebi uma ligação do Departamento de Comunicação do Corinthians PEDIDO AS GRAVAÇÕES DAS ENTRADAS QUE FAÇO NA RÁDIO”

Segundo a Lei Federal nº12.395/2011, em seu Art. 90-F, “Os profissionais credenciados pelas Associações de Cronistas Esportivos quando em serviço têm acesso a praças, estádios e ginásios desportivos em todo o território nacional”.

Não é o que está acontecendo em jogos de Corinthians e Palmeiras.

Faz algum tempo, o credenciamento nos órgãos de imprensa, e, por consequência, a Lei, estão sendo desrespeitados para dar lugar a uma “lista” própria de cada agremiação, em que os referidos clubes decidem quem pode ou não realizar a cobertura das partidas.

Por razões óbvias, excetuando-se os profissionais de grandes redações, os demais, se críticos, acabam, de maneira criminosa, sendo impedidos de trabalhar.

O blog, ontem, foi procurado por um destes profissionais, que relatou os problemas encontrados para credenciamento no novo Departamento de Comunicação alvinegro, agora capitaneado pelo ex-Jovem Pan, Fábio Seródio:

“(…) alegaram (para não ceder a credencial) que por não cobrir sempre os jogos não podemos nos credenciar. Ou seja, como correspondente especial não posso ir a TODOS os jogos do Corinthians porque cubro outros jogos também.

Por isso mesmo me credenciei junto a ABRACE que, claramente, pela Lei Federal nº12.395/2011 nos dá direito de acesso a TODAS AS PRAÇAS ESPORTIVAS DO BRASIL.

Portanto, a discussão é que o Corinthians (e mais recentemente o Palmeiras), criaram regras de credenciamento próprias, que contrariam uma Lei Federal.

Seria este mais um dos desmandos da ditadura que foi criada, ESPECIALMENTE NO CORINTHIANS que está com a cultura enraizada em quase todos os seus profissionais

Após ter a credencial negada, o profissional reclamou no clube, e, em resposta, recebeu uma “orientação” típica do período em que a censura imperava nas redações brasileiras:

“Recebi uma ligação do Departamento de Comunicação do Corinthians PEDIDO AS GRAVAÇÕES DAS ENTRADAS QUE FAÇO NA RÁDIO que represento como corresponde especial e como devidamente credenciado pela Abrace”.

“Enquanto isso, os jogos estão cheios de “sapos” que entram com cortesias, que entram com carteiradas de dirigentes (que levam seus sobrinhos, amigos de filhos).”

O lamentável procedimento, à margem da Lei, da democracia e de qualquer bom senso, tem, por incrível que possa parecer, aval da ACEESP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), que, em vez de lutar por seus associados, publica em seu site os procedimentos de credenciamento dos referidos clubes.

Se do presidente da entidade, absolutamente alinhado com os desejos da cartolagem, não se pode esperar grande coisa, espanta a submissão de Fabio Seródio, após tantos anos de Jovem Pan, além do silêncio conivente doutros jornalistas – de veículos grandes – que, por serem beneficiados, evitam tocar no espinhoso assunto.

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