jadson

O Corinthians vazou a jornalistas que o Jiangsu Sainty-CHI se dispôs a pagar a multa contratual do jogador Jadson, e que o clube terá direito a apenas 30% do montante.

A imprensa fala em R$ 16,3 milhões, cotação equivalente a 5 milhões de Euros.

Há muita coisa, porém, a ser explicada pela diretoria do Corinthians nesse negócio, em que dados são discrepantes e procedimentos obscuros.

Vamos aos fatos (e números):

– a multa contratual de Jadson não é de 5 milhões de Euros, mas, pelo contrato registrado na CBF, de R$ 15 milhões.

– enquanto inscrito no São Paulo, a multa de Jadson era de R$ 100 milhões.

– o atleta aumentou seus vencimentos no contrato com o Corinthians, dos R$ 130 mil que recebia no Tricolor (com luvas, R$ 250 mil), para R$ 300 mil, e, em vez da multa de rescisão acompanhar o crescimento, foi reduzida drasticamente.

Jadson 1

Jadson 2

– Carlos Leite é um dos empresários do jogador, apesar das negativas de seus sócios no negócio, que hoje representam também o atacante Guerrero.

– a diretoria do Corinthians, para justificar como positiva a troca por Pato, garantiu que Jadson viria em definitivo para o clube.

– pelo contrato, o Timão, apesar de ter os direitos federativos, recebeu 50% dos direitos econômicos de Jadson, permanecendo o São Paulo com os outros 50%, que deveriam ser repassados ao Corinthians se o jogador não fosse negociado até 31/12/2014.

– o clube de Parque São Jorge, que já tinha o negócio com a China engatilhado, atrasou a definição para que o Tricolor perdesse os direitos.

– com o negócio praticamente sacramentado, os 50% iniciais do Corinthians são divulgados como 30%, e os outros 50%, repassados pelo São Paulo, em vez de incorporados ao clube, são tratados como propriedade dos empresários.

– em que momento o Timão negociou 20% com os agentes, permanecendo apenas com 30% ?

– porque os 50% que eram do São Paulo não pertencem, conforme acordo inicial, ao Corinthians ?

Hoje, o UOL informa que além dos descontos habituais, o clube tem uma estranha dívida com os empresários do jogador, oriunda de pagamento de 10% de comissão sobre os salários de Jadson, que, acumulada, corresponderia a R$ 2 milhões.

Ou seja, além de pagar comissão para comprar, ceder percentuais de maneira obscura para os agentes, e novamente remunerar os empresários com o negócio para a equipe chinesa, os dirigentes alvinegros assumiram como responsabilidade do clube um acerto salarial que deveria ser apenas do jogador.

Como explicar ?

Basta observar a “ficha corrida” dos novos dirigentes de futebol do Corinthians, desde a “superintendência” até os “adjuntos”, para entender que procedimentos como os descritos acima são absolutamente compatíveis com o histórico dos atuais gestores.

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