fiori

FUTEBOL: POLÍTICA, ARBITRAGEM E VERDADE

Fiori é ex-árbitro da Federação Paulista de Futebol, investigador de Polícia e autor do Livro “A República do Apito” onde relata a verdade sobre os bastidores do futebol paulista e nacional.

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“Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são”.

William Shakespeare

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Naco de Reminiscência

Na segunda metade da década de setenta, precisamente, na gestão Milton Galvão; no setor de árbitros da FPF, havia um grupo de privilegiados, escalados no meio e fim de semana, esta seqüência de escalas, provocou o surgimento do grupo denominado “Os Tigrões” que passaram a apurar a razão do repetir de nomes dos árbitros, que trabalhavam nas partidas dos eventos, administrados, pela Federação Paulista de Futebol, no tempo em que Milton Galvão, comandou o setor

Imprensa

A época, alguns jornalistas publicavam noticias repassada por componentes dos Tigrões, os fatos foram se avolumando, até, a demissão ou pedido desta, efetuada por Milton Galvão; com isto, quero dizer, que no relacionamento entre os árbitros, rolava colossal falsidade, poucos, se salvavam, vez que maioria, queria, e desejava escalas, muitos, por sobrevivência, outros, mesmo, que, com emprego fixo, contando com os valores das futuras escalas, compravam bens à prestação, quando não escalados, partiam com todo tipo de lamentação para voltar a ser escalado; havia também, o grupo dos abonados financeiramente, mesmo estes, brigavam para ser escalados.

Trigésima Oitava e ultima rodada da Serie A do Brasileirão -2014

Sábado 06/12

Corinthians 2 x 1 Criciúma

Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (ASP-FIFA-PA)

Item Técnico

Erro do assistente, que marcou impedimento do atleta Ricardinho do Criciúma, em lance legal, que

– terminou com a bola no fundo da rede corintiana, prejudicou o trabalho do árbitro

Item Disciplinar

Normal corretamente, quatro amarelos: dois para cada equipe

Figueirense 1 x 2 Internacional

Árbitro: Marielson Alves Silva (BA)

Item técnico

Desempenho normal

Item Disciplinar

Ocorreram 04 expulsões, todas, na segunda etapa; explico:

– França, defensor do Figueirense, após falta violenta,

– Alan Ruschel, do Internacional, por dois amarelos, que, somados, resultou, no vermelho

– Nirley, do Figueirense e Wellington Paulista, do Internacional, por troca de cabeçadas

No Todo

Quanto aos acréscimos, ou melhor, minutos para completar os quarenta e cinco regulamentares,

– referente à segunda etapa; foram justíssimos

Portanto

A insurreição dos atletas Thiago Heleno e França, contra o árbitro Marielson Alves Silva, logo após

– o encerramento da partida, só pode ter sido, por perderem o contido na possível Mala Preta, que

– lhes prometeram

Resumindo

Nada a estranhar, em um país atolado na podridão e passividade de um povo, com maioria,

– co-participante, nestas maracutaias

Domingo 07/12

Palmeiras 1 x 1 Atlético-PR

Árbitro: Leandro Vuadem

Item Técnico

Interpretações diferenciadas:

1ª – O gol de empate do Palmeiras surgiu após indevida penalidade máxima sinalizada, no momento

– que a bola bateu no braço do atleta Dráusio, do Atlético-PR

2ª – Bem, mas a frente, em lance idêntico, Leandro Vuadem, deixou de sinalizar penalidade máxima a

– favor do Atlético, quando da batida da bola na mão do defensor palmeirense Lúcio

Item Disciplinar

Aceitável

Política

A vaca foi para o brejo?

A única maneira de ter esperança no Brasil é acreditar que os escândalos que assistimos sejam o indício de uma mutação histórica, para melhor

Nunca vi nada igual. Todas as certezas estão desabando, toda fé, todas as esperanças morrem diante dessa abundância de escrotidões, esse despautério de horrores. A gente liga a TV, lê o jornal e cai em cava depressão. “Tudo o que é sólido desmancha no ar”, como disse Marx, tão mal entendido pela esquerda burra que tomou o poder na base de mentira e fraudes, como vemos com as granas “legais” que a tesouraria do PT recebeu dos restos de propinas. A velha “esquerda” sempre foi um sarapatel de populismo, getulismo tardio, leninismo de galinheiro e desde 2002 inventou a adesão monstruosa aos velhos roubos da velha direita.

A chegada do PT ao governo reuniu em frente única: as oligarquias privadas com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso: Sarney, Calheiros, até o Collor, unidos aos idiotas bolivarianos. Essa base de ação foi o adubo para os crimes da Petrobras e outras dezenas de roubalheiras em hidrelétricas, aeroportos, portos, tudo.

O advogado de um dos acusados disse a frase síntese: “No Brasil, se não der uma grana na mão dos governantes, nem um paralelepípedo você coloca no chão”. E é o pais inteiro, não apenas a PTbras.

Mas, de quem é a culpa disso tudo?

Claro que a responsabilidade principal é a aplicação bolchevique do “toma lá, dá cá”, através do presidencialismo de cooptação para obter apoio dos partidos, ou seja, a corrupção permitida e estimulada é o motor petista da governabilidade. Pode uma coisa dessas?

Será que os costumeiros ladrões já sacaram que a “mão grande” é o novo “hype”?

A destruição da Lei de Responsabilidade Fiscal que Dilma iniciou é o exemplo dessa permissividade. Cada prefeitura do país vai partir para gastos corruptos. As instituições democráticas estão sem força, se desmoralizando, já que o próprio governo as desrespeita.

Será que é culpa dos organismos arcaicos do Poder Judiciário?

Ou será o surgimento de novos problemas que não são solucionáveis com os velhos mecanismos de poder?

Mas o que preocupa é que todo esse gigantesco volume de crimes denunciados possa gerar um congestionamento na Justiça, uma turbulência irreversível que transforme tudo numa massa jurídica informe. O exército de advogados já está convocado para novas e caras chicanas. O que estamos vivendo pode virar um apocalipse institucional.

O Brasil está irreconhecível. Nunca pensei que a incompetência casada com o delírio ideológico promoveria este caos. Há uma mutação histórica em andamento, como disse acima, mas que pode ser para pior, para um “quarto mundo”. Esse desastre me lembra a metáfora de Oswald de Andrade, de que “as locomotivas estavam prontas para partir, mas alguém torceu uma alavanca e elas partiram na direção oposta”.

Isso causa não apenas o caos administrativo como também provoca uma mutação na mente e no comportamento das pessoas.

O Brasil está sendo desfigurado dentro de nossas cabeças, o imaginário nacional está se deformando.

Há uma grande neurose no ar. Cria-se uma vontade de fuga. Nunca vi tanta gente falando em deixar o país e ir morar fora.

As mudanças mentais são visíveis: nos rostos tristes nos ônibus abarrotados, na rápida cachaça às 6 da manhã dos operários antes de enfrentar mais um dia de inferno, nos feios, nos obesos, no desânimo das pessoas nas ruas, no pessimismo como único assunto em mesas de bar.

Estamos experimentando sentimentos inesperados, dores nunca antes sentidas. Quais são os sintomas mais visíveis desse trauma histórico?

Por exemplo, o conceito de solidariedade natural, quase “instintiva”, está acabando. Já há uma grande violência do povo contra si mesmo. Garotos decapitam outros numa prisão, ônibus são queimados por nada, com os passageiros dentro, meninas em fogo, presos massacrados, crianças assassinadas por pais e mães, uma revolta sem rumo, um rancor geral contra tudo. Cria-se um desespero de autodestruição e o país começa a se atacar.

Outro nítido efeito na cabeça das pessoas é o fatalismo: “É assim mesmo, não tem jeito não”. O fatalismo é a aceitação da desgraça.

E crescem a desesperança e a tristeza. O Brasil está triste e envergonhado.

Essa fragilização da democracia traz de volta também um desejo de autoritarismo na base do “tem de botar para quebrar!” Já vi muito chofer de taxi com saudades da ditadura.

A ausência de uma política contra a violência e a ligação de muitos políticos com o tráfico estimula a organização do crime, que comanda as cadeias e já demonstra uma busca explícita do horror. A crueldade é uma nova arte incorporada em nossas cabeças, por tudo que vemos no dia a dia dos jornais e TV. O horror está ficando aceitável potável.

O desgoverno, os crimes sem solução, a corrupção escancarada deixam de ser desvios da norma e vão criando uma nova cultura: a “normalização” da ignomínia; por trás do crime e da corrupção, consolida-se a cultura da mentira, do bolivarianismo, da preguiça incompetente e da irresponsabilidade pública.

Vivemos um paradoxo, um pleonasmo: aqueles que pensam não sabem o que pensar — como refletir sem uma ponta de esperança? Todos falam: “precisamos fazer isso, fazer aquilo, mas ninguém sabe quem fará”. Temos aí a nova escola crítica: a análise impotente da impotência, a “contemporaneidade” pessimista de intelectuais, a utopia da distopia.

É difícil botar a pasta de dente para dentro do tubo. Há uma retroalimentação da esculhambação generalizada que vai destruindo as formas de combatê-la. Tecnicamente não estamos equipados para resolver as deformações que se acumulam como enchentes, como um rio sem foz.

O Brasil está sofrendo uma mutação gravíssima, e nossas cabeças, também. Sempre ouvimos que o Brasil estaria à beira do abismo; será que já caímos nele? Será que a vaca já foi para o brejo?

Autor: Arnaldo Jabor, cineasta, jornalista e critico

No Brasil

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Finalizando

“A corrupção de um é a geração de outro”.

Dante Alighieri

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Chega de falsidade, de Corruptos e Corruptores

Se liga São Paulo

Acorda Brasil

SP-12/12/2014

*Não serão liberados comentários na Coluna do Fiori devido a ataques gratuitos e pessoais de gente que se sente incomodada com as verdades colocadas pelo colunista, e sequer possuem coragem de se identificar, embora saibamos bem a quais grupos representam.

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