A adesão da Senadora Katia Abreu ao Governo Dilma Rousseff (PT) é absolutamente desmoralizadora para os grupos que se apresentam como de “direita” no Brasil.
Em tempos que reclama-se da desproporcionalidade de espaços, tomados por esquerdistas, nas mídias mais relevantes do país, os direitistas perdem uma de suas vozes mais atuantes.
Resta saber quais fatores podem ter motivado tamanha mudança de postura.
O que fazer com as manifestações inflamadas de Katia Abreu contra desmandos do Governo, em defesa de princípio combatidos pelo PT – de quem agora é aliada – e, principalmente, com a cabeça daqueles que por tantos anos acreditaram em suas palavras ?
Ao aderir ao petismo, a senadora desferiu duro golpe nos movimentos de direita, expondo a fragilidade de sustentação, na prática, do que é discursado, dando a entender, ainda, que o objetivo nada tem a ver com ideologia, mas sim com estar sempre ao lado do poder.
Assim como sempre fizeram os líderes do PT, quando fora do Governo, Abreu mobilizou multidões com discursos fortes, expondo “defeitos e dificuldades”, mas, na primeira chamada, sem pestanejar, correu para se aliar a quem combateu, tudo indica, na esperança de se beneficiar da colheita de facilidades.