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No Corinthians, o CORI, Conselho de Orientação, formado por membros natos, entre eles, ex-presidentes, outros eleitos, para um exercício trienal, tem por função examinar assuntos de relevância do clube, dar o parecer, para depois enviar à apreciação do Conselho Deliberativo.

Faz-se necessário, portanto, isenção e absoluto distanciamento da Diretoria.

Não é o que ocorreu nessa gestão.

Tanto o presidente, Alexandre Husni, quanto o vice, Jorge “Totó” Kalil, antes desafetos dos atuais dirigentes alvinegros, em troca do cargo, passaram a beijar diversas mãos – entra elas a do presidente do clube, delegado Mario Gobbi, e de seus antes apoiador, Andres Sanches.

Em troca, facilidades foram aceitas, sem o menor constrangimento, no Brasil e no Japão.

O CORI, vítima da promiscuidade, passou de órgão fiscalizador para “escudo” das mais diversas barbaridades, financeiras, fiscais e administrativas da atual gestão.

Poucos, entre os membros natos, conseguiam impor suas contrariedades, e sucumbiam perante a ação da mesa diretora e dos “eleitos” – a maioria – que defendiam, a qualquer custo – por vezes, pouco custo – qualquer barbaridade cometida pelos dirigentes.

Nada era barrado, ou questionado, nem mesmo as fictícias contas expostas na “Bíblia da Lorota”, o tal “Relatório de Sustentabilidade”, as contratações sem pé nem cabeça, como a de Alexandre Pato, e os contratos de absoluto risco, como os assinados com a ODEBRECHT.

Pior, além dos flagrantes atos lesivos ao clube serem “defendidos” pelo CORI, em claro desvio de finalidade, eram remetidos ao Conselho com parecer de aprovação que mais parecia um prospecto de venda das ideias, as vezes as mais estapafúrdias, dos atuais dirigentes alvinegros.

Deu no que deu.

Quatro diretores do clube estão indiciados por crimes fiscais, Andres Sanches, Raul Corrêa da Silva, Roberto “da Nova” Andrade e André Negão, a dívida, antes escondida pelas mentiras contadas em papel de luxo, foi escancarada, o mal negócio financeiro do estádio, em que a renda total do “Fielzão” fica retida com a BRL TRUST, admitido, e os recebíveis futuros comprometidos.

Como resultado, se antes, na aparente época de “vacas gordas”, ou de ilusão de tal, todos andavam abraçados, entre elogios e afagos no Parque São Jorge, agora, em meio ao tsunami ocasionado pela verdade, as relações entre os próprios dirigentes da gestão, os com cargo de diretores, e aqueles que tinham por função fiscaliza-los, degringolou.

O presidente do Corinthians, Mario Gobbi, e o presidente do CORI, Alexandre Husni, já não falam mais a mesma língua, e, segundo informações, o atrito foi ruidoso, devendo gerar consequências importantes para a continuidade de seus exercício no cargo.

Há quem diga que sem o escudo do CORI, Gobbi, dependendo do resultado do futebol, sequer viraria o ano na presidência.

Fato é que hoje teremos a reunião do órgão, em que assuntos de extrema gravidade serão levantados, sem que a diretoria – em caso de nenhum acerto ocorrer nas próximas horas – esteja “defendida” como no passado, tornando o resultado final das decisões um rumo absolutamente imprevisível.

CONFIRA ABAIXO A COMPOSIÇÃO DO CORI DO CORINTHIANS

Presidente
Alexandre Husni

Vice–Presidente
Jorge Agle Kalil

Membros Natos
Andrés Navarro Sanchez
Carlos João Eduardo Senger
Clodomil Antonio Orsi
Marlene Matheus
Mauro de Mello Oliveira Gasparian
Waldemar Pires

Membros Trienais – 2012/2014
Antonio Carlos Cedenho
Felipe Legrazie Ezabella
Luiz Cezar Leão Granieri
Jorge Alberto Aun
Ronaldo Perrella Rocha
Sulivan João Correia
Waldir Rozante
Wilson Bento

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