O ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, candidato a Deputado Federal pelo PT, enviou relatório de doações de campanha recebidas pelo seu comitê, em que alega ter recebido, até o final da segunda parcial, R$ 525,7 mil.
Basta andar pelas ruas das Zonas Leste e Norte de São Paulo para verificar que muita coisa não deve ter sido declarada.
Das que foram, encontramos flagrantes tentativas de ocultar a verdadeira origem dos recursos, com a utilização de empresas de “fachada”, entre elas a ASN PARTICIPAÇÕES, novamente com a conivência das contadoras do grupo, Itaiara e Idaiana Pasotti, desmascaradas, recentemente, junto com Sanches, como co-autoras de um golpe de “arara”, com utilização de “laranjas”, na ORION EMBALAGENS.
Por exemplo: nas mesmas datas, a ASN PARTICIPAÇÕES (que está em nome de Andres Sanches e Tadeo Navarro Sanchez, mas existe apenas no papel), a ANDRÉ LUIZ PARTICIPAÇÕES SS LTDA, empresa na mesma situação, em nome do parceiro e conselheiro do Corinthians, André Negão, e a LEOPARDO SP VEÌCULOS, um desmanche de automóveis que tem dois proprietários ligados a criminalidade, efetuaram nas contas da campanha depósitos idênticos, indicando, por razões óbvias, fazerem parte de uma mesma ‘organização”.
Em 14 de julho, R$ 960 e no dia 01 de agosto, R$ 3,2 mil, cada uma.
Entre os financiadores de campanha de Sanches está também o empresário Luciano Mutton, dono das construtoras DIMA e TUMI, habitual fornecedor de recursos a candidatos do PT e PCdoB, entre as quais Marta Suplicy (PT).
ASN PARTICIPAÇÕES
Em nome de Andres Navarro Sanches e Tadeo Navarro Sanchez, a ASN Participações é uma empresa de “fachada”, ou seja, existe apenas no papel, tendo sido flagrada pelo Blog do Paulinho, em 2008, em meio às investigações do “caso Salamandra”, e, posteriormente, em reportagens da Rede Record, além da Revista ISTO É.
Pró-Memória: Andres Sanches e suas empresas “laranjas”, pela Revista “ISTO É”
Na sequencia, a RECEITA FEDERAL, por indícios de fraude no FISCO, mandou bloquear os bens de Andres Sanches, e também da ASN, que, mesmo sem existir fisicamente, agia como uma espécie de “arara” no mercado financeiro.
Porém, temeroso com a repercussão das matérias descritas acima, o ex-presidente do Corinthians, contrariando decisão judicial que obrigava a comunicação de qualquer alteração cadastral aos órgãos federais, transferiu a empresa de Barueri para a cidade de Mairiporã, mais precisamente na rua Cardoso Cesar, nº 363.
Na verdade, outro golpe.
ÊXITO CONTABILIDADE
No local, em vez da ASN PARTICIPAÇÕES, está a ÊXITO CONTABILIDADE, antes tratada como ÊXITO PROCESSAMENTO DE DADOS, de propriedade da contadora do grupo, Itaiara PASOTTI, que, em janeiro de 2014, em meio às investigações da ORION EMBALAGENS, outra “fachada” da “organização”, deu pinote para Mairiporã.
PRISÕES MARCAM VIDA DOS DONOS DO DESMANCHE LEOPARDO SP
Leopardo SP Veículos trata-se, na verdade, de um desmanche de automóveis, em nome Wandilson Rogério Abracio e Wantuir Roger Abrácio, parceiro doutro empreendimento, do mesmo ramo, no bairro do Tatuapé, em nome de André Negão, conselheiro do Corinthians, mas que, segundo informações, tem Andres Sanches como sócio oculto.
Recentemente, a dupla foi presa por diversos crimes, entre eles: estelionato, receptação dolosa de carros roubados, adulteração de veículos, formação de quadrilha, falsidade ideológica, fraudes diversas, etc., etc., etc.
ANDRE LUIZ PARTICIPAÇÕES
ANDRE LUIZ PARTICIPAÇÕES SS LTDA trata-se doutra empresa de ‘papel”, utilizada pelo conselheiro do Corinthians, André Negão, para se dar bem em alguns negócios.
Mesmo possuindo duas cobranças de impostos estaduais em cartório, nos ínfimos valores de R$ 325,82 e R$ 127,68, “doou” R$ 4,1 mil para a campanha do ‘companheiro” Andres Sanches.
Os dados fornecidos pelos próprios infratores ao TSE comprovam não apenas os delitos, mas também a “coragem e ousadia” – slogam da campanha de Andres Sanches – de pesoas que, apoiadas pelo sentimento de impunidade, escancaram infrações na cara da Justiça no intuíto de ocultar outras irregularidades.
Talvez, ainda mais graves.
Um grupo, apoiado claramente pela marginalidade, que se apossou do Corinthians, em 2007, e pretende levar ao Congresso Nacional – se impedido não for pelo TSE – o que há de pior no âmbito de procedimentos, alguns, inclusive – como no caso das “laranjas” da ORION – reprovados até do mundo da malandragem.