As entrevistas realizadas pelo Jornal Nacional com os quatro candidatos a Presidência da República repercutiram como nunca, ainda mais em tempos de mídias sociais, cada vez mais participativas.
Willian Bonner e Patrícia Poeta deram um banho de jornalismo, realizando perguntas e colocações normalmente evitadas pela grande imprensa.
O maior termômetro para analisar o desempenho de ambos é o fato de todos os partidos ligados aos candidatos terem repercutido negativamente suas respectivas participações.
Ou seja, a verdade doeu.
Mesmo treinados para respostas a perguntas difíceis, os candidatos, vez por outra, quando não fugiam do assunto, derrapavam.
Eduardo Campos se saiu melhor, apesar do constrangimento com o assunto nepotismo durante o Governo de Pernambuco.
Dilma Rousseff e Aécio Neves demonstraram exatamente o que deles se esperava: mentiras, dissimulações, propostas vazias e absoluta dificuldade em explicar seus próprios problemas.
Por fim, o Pastor Everaldo teve desempenho de fazer inveja ao Deputado Tiririca.
Misturando religião (ou seita) com política, Everaldo gaguejava, destilava homofobia, e delirava com a proposta de privatizar o Governo inteiro, inclusive a PETROBRÁS.
“Bonner, estou te dando a notícia em primeira mão, vou privatizar a PETROBRÁS.”.
Os jornalistas da Rede Globo, incrédulos, mas educados, seguraram os risos e tocaram a entrevista em frente, que, felizmente, já estava no final.