capone

Logo que estourou na mídia o indiciamento por crime de “apropriação indébita”, segundo o MPF, cometidos pelos dirigentes do Corinthians ligados a atual gestão, o desespero para encontrar desculpas plausíveis para o episódio ocasionou ainda mais constrangimento

O advogado Luis Bussab, que, em tese, é defensor do clube tratou de confessar a apropriação, justificando-a com a suposta péssima situação financeira do Timão no período dos delitos.

A explicação soou pior do que a acusação, no Parque São Jorge.

Ocorre que, para os conselheiros, os atuais gestores nunca disseram que o Corinthians estava na pindaíba, pelo contrário, o discurso, amplamente divulgado pela imprensa, dava conta de arrecadações monumentais, e despesas sob controle.

Para quem mentiram os dirigentes ?

Clube, imprensa ou Receita Federal ?

Outra situação que será objeto de questionamentos é a de que na maior parte do período em que o crime foi cometido, a gestão de Andres Saches, o Corinthians deixou de pagar impostos, voluntariamente, mas contratou mais de 100 jogadores, em tese, reforçando o elenco ou o bolso de empresários utilizando-se de dinheiro ilícito, embolsado do Governo.

Não seria melhor ter gasto os R$ 40 milhões de Alexandre Pato e os outros tantos, que o clube paga para dezenas de jogadores atuarem noutras equipes, na quitação das pendências ?

Dos que responderam, ontem, novas pérolas foram publicadas.

Sanches diz que “todos fazem” enquanto André Negão disse “eles fizeram, eu não assinei nada.”.

Roberto “da Nova” Andrade, candidato a presidência do clube, também indiciado, continua embaixo da cama, enquanto Raul Corrêa diz “o clube fez acordo com a Receita”, sem convencer.

Nos anos de recessão americana, Al Capone, oriundo do baixo clero local, juntou-se a semelhantes e montou um dos mais conhecidos grupos criminosos que se teve notícia

Porém, a Polícia não conseguia prendê-lo.

Boa parte da imprensa financiada, o defendia, chegando a alça-lo ao posto de “Homem do Ano”, em famosas publicações, dividindo as glórias com sumidades como Albert Eistein.

Ganhou admiradores mesmo em meio a prática hediondas, tendo sempre quem o defendesse fervorosamente daqueles que insistiam em acusá-lo, entre eles o famoso agente Eliot Ness, que, mesmo provando diversas irregularidades de Capone, era ridicularizado por seus superiores.

Até que veio a “Luz”, e o processo de apropriação de Imposto de Renda, que, sem a necessidade de testemunhas, somente averiguação de documentos, colocou o “chefão” na cadeia, trazendo a público, enfim, o restante de seus atos

Qualquer semelhança com Sanches e os hábitos doutros, indiciados ou não, do grupo “Renovação e Transparência”, que desde 2007 está no poder do Corinthians, pode ou não ser mera coincidência.

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