Eleições corinthianas: dinheiro do clube na campanha de Mario Gobbi

Absolutamente constrangedora a reunião realizada entre os presidentes de clubes do Brasil e a presidente Dilma Rousseff, ontem, em Brasília.

Bem no nível dessa gente – ou na falta dele.

Em vez de tratar sobre o assunto em pauta, a Lei de refinanciamento, a perder de vista, das dívidas – uma vergonha – choraram as pitangas, pedindo ainda mais dinheiro.

Presidentes de Botafogo e Coritiba, então, foram patéticos, ameaçando retirar as equipes do Brasileirão se a situação financeira dos clubes não melhorar.

Além de tratar-se de chantagem barata, correm o risco de ninguém se dar conta das ausências, tamanha a mediocridade em que seus clubes, antes grandes, foram transformados pelas últimas gestões – inclusa a dos próprios.

Ou seja, roubam o dinheiro público, ao se apropriarem de impostos e não repassarem ao Governo, depois choram na frente do credor (a presidente) como fez o mandatário do Glorioso, tentando comover o assaltado, indicando que o surrupiador “fez o que fez” porque estava sem dinheiro.

Mesma desculpa utilizada por nove entre dez ladrões de galinhas presos nas penitenciarias brasileiras.

Os clubes estão quebrados financeiramente porque seus dirigentes, quando não os roubaram, foram incompetentes.

Contratam jogadores que não podem pagar, em muitos casos, para dividir comissão com empresários, gastam mais do que arrecadam, e, quando o dinheiro entra (tv, patrocínio, etc.), em vez de quitar as pendências, criam outras, numa bola de neve interminável de irresponsabilidade.

O Governo tem obrigação, assim como faz com todos nós, de cobrar todas as pendências, até o último centavo, dos clubes do Brasil.

Danem-se de tiverem que fechar as portas ou abandonar campeonatos.

É o preço a ser pago por anos de incorreção, servindo de exemplo para que outros acordem e não caiam na mesma armadilha, ou seja, eleger “espertalhões” como gestores para obter facilidades em suas administrações, muitas vezes pífias, como ingressos grátis, almoços, jantares, etc.

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