Abertamente apoiado pelo PCC, que domina, além das prisões paulistanas e o sistema de transporte municipal em São Paulo, também as torcidas “organizadas”, o ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, passou a última semana visitando o interior do Estado.
Porém, acompanhado de representantes da citada facção e de seus fiéis escudeiros, como o dono de desmanche e conselheiro do Corinthians, André Negão, suas paradas se deram, invariavelmente, nos antros de marginais que se dizem torcedores do Corinthians.
Certamente, seu público alvo na conquista de votos.
Em Bauru, esteve na “Fiel Macabra”, ao lado de “notáveis” da cultura local.
Passou também pela “Fiel Jaú”, na cidade de origem de seu desafeto, o delegado Mario Gobbi.
Outros lugares semelhantes serão visitados, nos próximos meses, sempre no intuito de cooptar, sabe-se lá com quais promessas, cabos eleitorais que tenham ingerência nas cabeças insanas de torcedores “organizados”, que, apesar de serem o que são, unidos, podem garantir-lhe a eleição.
Ontem, em contraponto total às suas atitudes públicas e hábitos de parceiros de campanha, Andres Sanches divulgou seu número eleitoral, seguido de um discurso que faria Paulo Maluf corar de vergonha:
“Em toda minha história, confesso que jamais pensei em seguir os caminhos da política. Minha grande paixão, como todos sabem, sempre o foi esporte. Por meio do futebol, mostrei minha integridade e o meu trabalho. Mas sinto que é hora de contribuir com o país e com a política brasileira e, por isso, lanço minha candidatura a deputado federal. Acredito que é possível transformar sonhos em realidade quando se tem vontade, coragem e ousadia. Todos que confiarem em mim, estejam certos de que lutarei pelo combate à corrupção, pela inclusão social por meio do esporte e pela Reforma Política.”