dilma fielzão

Não ficaram somente no episódio da abertura da Copa do Mundo as sessões de coros ofensivos a Presidente Dilma Rousseff (PT)

Todos os estádios do Mundial aderiram.

As vaias são pertinentes, justas, até.

Os palavrões, obviamente, excessivos, mas absolutamente compreensíveis, num contexto de indignação popular contra um Governo, representado pela presidente, que tinha discurso puritano, mas se transformou – ou talvez, se revelou – enquanto no poder, em símbolo máximo da corrupção politica nacional.

É equivocado dizer que os ofensores fazem parte “apenas” de uma elite branca, endinheirada, que teve acesso a assentos caros nos principais estádios do Mundial.

A grande maioria dos que compraram ingressos são trabalhadores que agiram com o ímpeto de realizar um sonho de consumo (assistir a Copa) e apertaram o orçamento para conseguir realizá-lo.

Boa parte com os mesmos hábitos, e dinheiro, dos que sustentam crediários nas principais magazines, único meio, por vezes, de conseguir sobreviver com um pouco mais de conforto.

Sim, os ricos também estavam lá, xingaram, mas não foram os únicos.

Basta observar as reações populares ao ato, tanto nas ruas, quanto nas mídias sociais – que há tempos foram tomadas pela população com menor poder aquisitivo.

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