gaguinho raul

Se na exposição financeira do “Fielzão” as coisas correram com tranquilidade para a diretoria do Corinthians – talvez por terem sido feitas por quem já não comunga mais da mesma hóstia – o mesmo não pode ser dito do item principal da reunião do Conselho, a aprovação de contas.

Por muito pouco, não foram adiadas.

Em manobra de pouca transparência, Raul Correa da Silva, diretor financeiro, enviou aos conselheiros, quase em cima da hora, dados pouco convincentes, que impediam uma analise mais profunda e detalhada.

Razão pela qual o economista Emerson Piovesan, um dos lideres oposicionistas, protocolou documento pedindo adiamento da votação, levando-se em consideração que a data limite para tal é o final de abril, tempo suficiente para melhor analisar os números.

Não foi atendido.

O clima ficou tenso e o próprio Emerson, ao lado dos conselheiros Antonio Rachid, Roque Citadini, Fran Papaiordanu, Tufi Jubran e Sergio Scarpelli foram obrigados a subir ao 5º andar, o da presidência, para, num debate acalorado, novamente exigir mais tempo para analise de documentos.

A diretoria, irredutível, não atendeu a solicitação.

Com o início da reunião, em vez de pedir a votação nominal, iniciou-se a conveniente aprovação por aclamação, porém, contrariados, um grupo de oposicionistas fez questão de fazer constar em ata que a aprovação deles vinha acompanhada de ressalvas.

Era a primeira vez, em anos, que a gestão do clube era afrontada, fortemente, no Conselho.

18 conselheiros fizeram constar o voto de ressalva, um a mais do que na famosa reunião em que poucos tiveram coragem de vetar a parceria com a MSI.

Não por acaso, alguns deste nomes se repetem no importante ato de protesto pela transparência, realizado ontem, que fez até apoiadores notórios da atual gestão, que costumam rebater com gritos as manifestações contrárias, constrangidos, se calarem:

Dentre os nomes a que tivemos acesso, entre os 18, estão:

Paulo Garcia (por procuração), Romeu Tuma Junior (por procuração), Fran Papaiordanu, Roque Citadini, Antonio Rachid, Sergio Scarpelli, Valdemar Pires, Edgard Soares, Emerson Piovesan, Coryntho Baldoino Costa Neto, Willian Sesso, Tufi Jibran, Hermenegildo Matheus Pernias e Romão.

Ao final, contrariado com a afronta, Raul Corrêa da Silva, adepto do célebre pensamento do ex-ministro Rubens Ricúpero “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”,  teve ainda que engolir o “sapo” de tomar uma descompostura pública de Andres Sanches, por ter se negado, até a seu ex-presidente, de mostrar as contas que pretendia aprovar na forçada.

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