Dinamite sapucaí

Dois rebaixamentos, endividamento dos caixas, jogadores há três meses sem receber, atletas, como os do remo, há sete, sede do Vasco da Gama em decomposição, muitos são as razões para o torcedor vascaíno se preocupar em 2014.

Mas não para o botafoguense Roberto Dinamite, presidente do clube, principal responsável pelo caos instaurado em São Januário, nos últimos anos.

O dirigente era dos mais animados na Sapucaí, falando até sobre a homenagem que o galinho Zico receberá de uma das escolas cariocas.

Talvez reflexo da impunidade no caso das movimentação financeira de recursos desviados do Vasco da Gama para a conta de laranja no exterior, com documento assinado por Roberto autorizando a transação, mas que, mesmo cientes, os MPF e MP-RJ, sabe-se lá por quais razões, investigam a passos tartarugais.

Se, enquanto jogador, Dinamite explodia os adversários, como dirigente tratou de implodir o clube que lhe transformou em ídolo, sem piedade e com requintes de crueldade.

Depois, como se nada tivesse acontecido, em licença poética de uma conhecida canção nacional: “Matou a família e foi à Sapucaí”, se divertir, como poucos.

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