piovesan paulo e roque

Não é segredo, para ninguém, que o grupo ligado a Andres Sanches, ex-presidente do Corinthians, além de estar rompido com o mandatário do clube, delegado Mario Gobbi, tem se aproximado, cada vez mais, de históricos oposicionistas alvinegros.

Os 40% de votos recebidos nas últimas eleições, pela chapa capitaneada pelo empresário Paulo Garcia, dono da Kalunga, atraem os dissidentes da atual gestão.

Apesar do namoro estar ainda no início, alguns posicionamentos, de ambos os lados, são absolutamente claros para bons observadores.

Antes de qualquer formação de chapa presidencial, o desejo primordial de Andres Sanches é discutir – e angariar apoio – para possível alteração no Estatuto, na tentativa de que o próprio, impedido atualmente pelo documento, possa se lançar candidato.

O candidato de Sanches, verdadeiramente, é o próprio Sanches.

Mas, para obter êxito na empreitada, teria que contar com o apoio dos oposicionistas, com a evidente promessa de composição de cargos.

Uma manobra que dificilmente obteria êxito, e que, tirante os apoiadores do ex-presidente, encontra rejeição em todos os grupos do Parque São Jorge, inclusive na oposição, que prefere ter um dos seus na cabeça da chapa.

É ai que surgem os nomes, que, de fato, poderão lutar pela presidência contra os “obsessivos” de Mario Gobbi.

A composição dos sonhos para os oposicionistas teria o nome de Roque Citadini como candidato à presidência, com cargos diversos sendo discutidos, e adequados, entre membros do próprio grupo, e também dos seguidores de Andres Sanches, que aceitaria a situação por não ter nomes, em suas fileiras, capazes de aglutinar boa quantidade de eleitores.

Roberto “da nova ” Andrade perdeu força pelo fracasso na gestão do futebol, enquanto dirigente de Mario Gobbi, e André Negão, apesar de se dizer candidato, por questões, digamos, profissionais, se colocaria melhor num cargo com algum poder, mas com menor visibilidade.

Porém, apesar das situações descritas acima, há um nome, discreto, mas importante no grupo opositor, que vem sendo tratado como possível solução para aparar melindres e arestas de ambos os grupos, e que poderia, de maneira surpreendente, para imprensa e torcedores, mas não aos conhecedores dos bastidores alvinegros, encabeçar a luta para retirar a gestão Mario Gobbi do poder: o economista Emerson Piovesan.

Ex-diretor financeiro do Corinthians, Piovesan, assim como Citadini, é dos poucos que saiu ileso do furacão que se tornou o final de gestão Dualib, e tem aceitação das diversas vertentes do Parque São Jorge, sendo admirado, inclusive, por alguns seguidores de Mario Gobbi.

É um dos que encabeça, desde sempre, o grupo de oposição alvinegra.

Na penúltima eleição do Corinthians, por exemplo, foi candidato a vice-presidente alvinegro, compondo chapa com Citadini e Paulo Garcia.

Resta saber, dentro desse quadro, se outro líder oposicionista, Osmar Stabile, que insiste em ser candidato a presidente, abrirá mão do sonho para fazer parte da referida chapa, ou, como em vezes anteriores, tentará, com uma espécie de terceira via, lançar candidatura própria no Parque São Jorge, talvez, aliando-se a ex-diretores de Gobbi, ou alguns que devem, em breve, sair, como Raul Corrêa da Silva, que não encontram espaço em nenhum dos grupos citados na matéria.

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