Assim que ocupou espaço na mídia, o Bom Senso FC, com suas idéias de mudança no futebol brasileiro, recebeu entusiasmado apoio, não apenas da mídia, como também da opinião pública.
O momento, conturbado, era propício para quem almejava fazer história.
Mas, de nada adianta ter propostas, boa intenção, se a liderança fraquejar, ou não se atentar para os sinais e oportunidades de fazer prevalecer seus ideais.
O tempo está passando, e o Bom Senso, lamentavelmente, por falta de coragem, e comando, aos invés de se impor, começou a flertar com grupos que existem, há tempos, sem nenhuma contribuição prestada ao sistema arcaico e corrupto do futebol.
Ou seja, aliados que nada acrescentam, sem credibilidade e, por vezes, capazes de realizar “jogo duplo”.
Alguém acredita que o Sindicato dos Jogadores, de inutilidade histórica, deseja, de fato, romper com a cartolagem ?
Pior ainda foi o exposto pela Nota Oficial, emitida pela facção criminosa Gaviões da Fiel, que, em português assassinado, declarou ter recebido, em sua sede, o Bom Senso FC.
Reunião que contou com a participação, inclusive, do vereador Capá, acusado de crimes gravíssimos, entre eles, brigas, morte e espancamento de torcedores.
Se, para insinuar movimento grevista, os atletas beijaram mãos de gente louca para vê-los pelas costas, é ainda mais inaceitável que um dos líderes dos atletas se reúna com torcedores “organizados”, os mesmos que, antes, mataram um garoto em Oruro, e, depois, fizeram-no se esconder, para não apanhar, no CT do Corinthians.
O que espera Paulo André ao conversar com um sujeito que se autodenomina “B.O.”, presidente dos Gaviões da Fiel, que, sabe bem o atleta, é ligado ao que há de pior no mundo da criminalidade ?
Pois é.
O Bom Senso FC precisa, com urgência, definir que papel quer ocupar na história, e, se tem capacidade e coragem para isso, embora, pelo que se viu nas últimas semanas, o trem, apesar de novo, sofre com a falta de um maquinista adequado.