Na última semana, publicamos que, em reunião do COF, do Palmeiras, decidiu-se pela criação de uma Comissão de Sindicância, formada por nove pessoas, que terão a missão de investigar irregularidades nas últimas gestões do clube, presididas por Luis Gonzaga Belluzzo e Arnaldo Tirone.
Desde estranhos empréstimos, passando por facilitação à WTorre, até pagamentos de comissões a empresários de jogadores, com possível benefício “oculto” a diretores palestrinos.
Bastou o anuncio da investigação para que ambos os grupos se movimentassem no intuito de minimizar os efeitos do que possa vir à tona, ou, até mesmo, tentar manter escondido o que não pode, por diversas razões, ser exposto.
Tirone, no auge do desespero, propôs, a alguns membros da Comissão, auxilio na apuração da administração Belluzzo, dando dicas e citando nomes que precisam ser investigados.
Entre eles, os quatro vice-presidentes à época, Gilberto Cipullo, Clemente Pereira, Edvaldo Frasson e Salvador Hugo Palaia.
Além destes, Tirone sugeriu que a Comissão não se esqueça de alguns conselheiros que, até a pouco, eram aliados de sua própria gestão.
São eles: Wlademir Pescarmona (suspeito de se beneficiar de empréstimos ao clube), José Cirillo e Antonio Corcione (envolvido no famoso caso de desvio de dinheiro com o advogado Pedro Renzo).
Vale lembrar que, na gestão Tirone, uma auditoria foi realizada nas contas de Belluzzo, com resultados graves, porém estranhamente não divulgados, embora, posteriormente tornados públicos, em parte, pelo Blog do Paulinho.
Principalmente no que diz respeito aos negócios realizados no futebol, que tinha Gilberto Cipullo como responsável principal.
Evidentemente, as dicas do ex-presidente do Palmeiras são válidas, mas não podem se transformar em “delação premiada”, que evitaria uma possível punição do dirigente por atos lesivos ao clube.