Num ato de aparente insanidade, e desespero, o presidente do Corinthians, delegado Mario Gobbi, nomeou para a diretoria de Futebol, o cargo mais importante do clube, o “economista” Ronaldo Ximenes, vulgo “Chiquinho Scarpa”.
Absolutamente despreparado, não apenas para a pasta específica, mas a qualquer exercício de gestão.
Se, a princípio, não havia explicação para a escolha, ontem, após algumas conversas, uma hipótese foi levantada.
Com a atual situação financeira do clube na bancarrota, contratações estão inviabilizadas, sem contar o atraso de pagamentos a atletas, que, quase sempre, costuma gerar “acomodação”.
Ou seja, as perspectivas para o desempenho da equipe de futebol não são nada animadoras.
Se Gobbi optasse pela indicação de um figurão do clube no departamento, provavelmente um presidenciável, correria o risco de inviabilizar um nome importante para a disputa eleitoral, que ficaria marcado em possível fracasso nos campeonatos que estão por vir.
Essa, por exemplo, foi uma das razões de Roberto “da nova” Andrade ter abandonado o navio, temeroso de ficar vinculado a uma equipe que, a princípio, não inspira confiança.
Sobrou, então, a opção da inexpressividade.
Ximenes “Scarpa” foi indicado exatamente por não ter a menor possibilidade de se comprometer no próximo pleito.
Seu apoio não agrega votos, se o time for bem nos campeonatos, ainda assim, não tem a menor chance de ser alçado ao poder, e, em caso de desastre nos gramados, não haverá dificuldade em limá-lo, sem dano a uma imagem que, convenhamos, não possui.