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O presidente do Corinthians, delegado Mario Gobbi, decidiu publicar uma “carta aberta” a torcedores e, pelo teor, dirigida também a associados e conselheiros do clube.

Seria melhor ter ficado quieto.

Entre afagos ao novo treinador Mano Menezes, tratado com reverência como “professor”, e a nenhuma citação aos problemas financeiros – graves – do clube, destacamos alguns trechos que se se superam no ato de ridicularizar a própria gestão.

“Mas 2013 também teve bons frutos nessa imensidão que é o Corinthians. Conquistamos: o título mundial e da Copa Brasil de skate vertical, com Rony Gomes; a histórica etapa de Bells Beach na Austrália, com Adriano de Souza (“Mineirinho”); o Mundialito de Beach Soccer; a Liga Paulista de Futsal; o Estadual, o Metropolitano e a Taça Brasil Correios com a equipe Sub-20 do futsal; a Tríplice Coroa no Campeonato Paulista da Base (Sub-13, 15 e 17); a BH Cup (Sub-15); o Tricampeonato Estadual de Futebol Americano; o Canon Lyon City Cup (Sub-15); uma inédita segunda colocação no Troféu José Finkel; e a conquista inédita da liderança do Ranking Nacional de Natação.”

Num clube que respira futebol, seu presidente comemora conquistas de skate, surf, sub-20 de beach soccer, futebol americano e até vice campeonato de natação.

Ou seja, nenhuma relevância.

Sem hipocrisia, tirando a natação, que não foi campeã, no restante, os atletas sequer conhecem o Parque São Jorge.

“Reformulamos também o nosso serviço de Ouvidoria, sempre no intuito de atender e ouvir melhor torcedores e associados corinthianos. Também no Parque São Jorge, realizamos grandes eventos, como o Troféu José Finkel, o Corinthians Poker Circuit, o Canto Por Ti Corinthians e o Circo.”

Gobbi exalta a “reformulação” no serviço de “ouvidoria”, porém, sem citar – deve ter vergonha – que o responsável pelo departamento é um sujeito tratado como Edu “Gaguinho” dos Gaviões, ex-assessor de imprensa da referida facção criminosa.

Na prática, associados reclamam, tem seus dados passados a torcedores organizados, e ficam marcados pela atual gestão.

Com relação aos “grandes eventos”, o “poker” do Duílio do Bingo, para dar dinheiro a turma do Ronaldo Fenômeno, o “The Voice Gaviões”, um horror musical tratado como “Cante por ti”, dão a tônica do quão medíocres podem ser os valores de uma gestão.

Acerto apenas no Circo, que, por sinal, é terceirizado, e pode empregar, num futuro próximo, muitos que hoje sobrevivem às custas do Parque São Jorge.

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