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O assunto “dívida do Corinthians”, que durante anos foi empurrado com o barriga, com subterfúgios contábeis e discursos desprovidos de objetividade, está cada vez mais em pauta no Parque São Jorge.

E é tão complicado de ser explicado que dirigentes alvinegros, da própria gestão, batem cabeça no cálculo, e fogem, como o Diabo da cruz, dos questionamentos de associados e conselheiros.

Na última semana, sem ter como comprovar os gastos do “Fielzão” – principalmente os juros a serem pagos – Andres Sanches sequer apareceu na reunião do Conselho.

Pior ainda foi a situação do Diretor Financeiro, Raul Corrêa da Silva.

De mãos atadas na referida reunião, o dirigente já tinha se complicado, horas antes, no CORI.

Como explicar que assumiram as finanças do Corinthians, com dívidas próximas dos R$ 70 milhões, herdadas do ex-presidente Dualib (consideradas pelos próprios, à época, impossíveis de serem honradas), e que agora, após a administração Andres Sanches, continuada por Mario Gobbi, entregarão ao próximo gestor, valores que, em números atuais, superam os R$ 440 milhões (sem contar o que vem por ai com o estádio…) ?

R$ 270 milhões acrescidos de R$ 170 milhões devidos em impostos não pagos.

Raul até tentou, mas não conseguiu convencer.

Este é o legado que uma gestão pautada no discurso vazio e em ações temerárias deixará para o Corinthians nos próximos anos.

Mais ou menos como uma família rica que perde tudo, mas ainda tem crédito na praça por alguns anos, e sai comprando tudo o que de luxo vê pela frente.

Na aparência, todos acreditarão que nadam em dinheiro, porém, somente os herdeiros saberão a real dimensão do desastre.

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