ponte lanus

Coração, muito mais do que futebol, marcou o desempenho da Ponte Preta na primeira partida contra o argentino Lanus, empatada em um a um, com 28 mil enlouquecidos ponte-pretanos no Pacaembu.

Mesmo assim, jogou mais do que seu adversário.

Merecia ter virado a primeira etapa com vantagem, embora tenha escapado, no final, de levar um gol incrivelmente perdido pelo “El Tanque” de sempre.

Depois, os fantasmas do passado, e dos vice-campeonatos, ressurgiram, aos 13 minutos, quando o zagueiro Goltz acertou uma falta impressionante, indefensável para o goleiro, abrindo, injustamente, o marcador.

Mas, o coração que sofreu foi o mesmo que empurrou a Macaca para o empate, também de falta, cobrada com perfeição por Felipe Bastos, aos 33 minutos.

Gol que o grande Dicá assinaria.

Dava tempo ainda de buscar um resultado melhor, e, aos 41 minutos, nova falta, desta vez um pouco mais longe, fez Felipe Bastos, inspirado, acertar o travessão, levando o Pacaembu a loucura.

Agora, em Lanus, na partida de volta, a Ponte jogará não apenas pelo título continental, o primeiro de relevância em sua história, mas também para honrar as gerações passadas, de equipes extraordinárias, que chegaram tão perto, mas não conseguiram vencer.

Desta vez, com uma equipe cheia de limites, e sem o favoritismo doutros tempos, restará à Macaca lutar pela vida, empatar e vencer nas penalidades ou até mesmo acabar com tudo no tempo normal, deixando a metade alvinegra de Campinas comemorando uma festa que tardou mais de cem anos para começar.

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