A CAIXA Econômica Federal, banco que pertence à população brasileira, tem a obrigação de prestar contas de todos os seus gastos e investimentos, principalmente quando há desconfiança de ilícito, suspeita aventada pelo Ministério Público Federal no “estranho” procedimento de intermediação do banco para que um clube de futebol, o Corinthians, seja beneficiado com empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES, por sinal, dinheiro público.
Negócio tão obscuro que as justificativas até então apresentadas pelas partes, CAIXA e BNDES, não se completam.
Um dos dois órgãos, segundo o MPF, está mentindo nas alegações.
Tudo indica, a CAIXA.
Está nas mãos do MPF, também, a documentação, bem estranha, das empresas que compõem a ARENA ITAQUERA S/A, com indicação de participação ativa dos membros da BRL TRUST, que teve, recentemente, os bens bloqueados pela Justiça Federal.
Razão pela qual, a procuradoria solicitou que os gestores do “Fielzão”, de maneira voluntária, abram o sigilo de suas documentações, inclusive as bancárias.
Fato é que o MPF desconfia que a CAIXA possa estar burlando regras e Leis para favorecer não apenas a ODEBRTECHT, mas também o Corinthians, todos mascarados pela ação da referida ARENA ITAQUERA S/A.
Há suspeitas desde “armação” para provável má utilização de dinheiro público, assim que liberado, com desvio para o setor privado, até a possibilidade desse montante ser, de alguma maneira, desviado, em parte, para o bolso de “laranjas”, que depois o repassaria aos verdadeiros destinatários.
A população brasileira, assim como o Governo, para não demonstrar cumplicidade, tem a obrigação de exigir que a CAIXA exponha seus documentos, que, na verdade, são nossos, ao MPF, evitando-se assim que se desconfie que a entidade estaria sendo utilizada para fins nada nobres.