andres pacaembu

No último dia 4 de setembro, a SEME realizou pregão para licitar a troca de gramado do estádio do Pacaembu.

Vale lembrar que o órgão municipal vem sendo acusado de manipular as licitações há tempos, seja para favorecer dirigente ligado ao Beach Soccer, ou até mesmo possíveis tramoias no Museu do Futebol.

Participaram do pregão nº 018, referente ao processo 2013-00.074.424-0, as empresas World Sports Gramados e Paisagismo Ltda. e a SETERCOM Serviços Terceirizados Ltda.

No momento de analisar se as licitantes possuíam os requisitos básicos de documentação e currículo para fornecerem o serviço a ser contratado pela Prefeitura, constatou-se que somente a World Sports atendia a todo o Edital.

Porém, como se fora um jogador de baralho, a SETERCOM retirou das mangas uma carta “alvinegra”.

Um atestado, assinado pelo Corinthians, garantindo que a empresa atende a todas as exigências solicitadas, prazo de execução, metragem dos campos e tipo de serviço efetuado no clube idênticos aos solicitados no Edital.

“Nosso cliente (Corinthians) é um clube profissional, com campos oficiais e participa de todos os tipos de competições.”, declarou a SETERCOM, precisamente às 14h49m02s, do dia 04/09, em fala registrada eletronicamente no pregão.

Sem poder voltar atrás na eliminação da empresa amiga do Corinthians por falta de requisitos mínimos para a realização dos trabalhos solicitados, o leiloeiro pensou rápido, encontrando uma maneira, digamos, criativa, para eliminar também a concorrente, retornando a licitação para a estaca zero.

A vencedora, WORLD SPORTS, com proposta de R$ 48 mil, no momento de digitar o lance, o fez como R$ 48, em evidente equívoco de digitação, por sinal, alertado pela própria empresa antes do fechamento da sessão.

Esperto, o leiloeiro decidiu que os R$ 48 eram os valores oficiais a serem levados em consideração, e, mesmo com forte e justo protesto da empresa vencedora, que entendeu o que estava acontecendo, a eliminou da licitação.

A grande questão, além da evidente manipulação, é saber qual o interesse do Corinthians em ser avalista de uma empresa num pregão que, aparentemente, não trará benefício algum ao clube.

Ou será que os responsáveis pela empresa protegida receberam o mesmo “auxílio” quando de sua incursão comercial no Parque São Jorge ?

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