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Durante todo o dia de ontem, a grande imprensa do Brasil destacou o que seria uma reunião histórica de dirigentes, organizada pelo ex-presidente do Corinthians, Andres Sanches, focados em combater a corrupção na CONMEBOL.

Na verdade, uma grande farsa.

Primeiro pelo equívoco (?) lamentável de dar a Sanches o protagonismo que absolutamente não possuia.

O real organizador da reunião foi o empresário de jogadores uruguaio Francisco “Paco” Casal, tido em seu próprio país como membro de um grupo tratado como “mafioso” no esporte.

Sanches, por já ter realizado “negócios” com o uruguaio, e vislumbrando outros mais, aproveitou-se dos holofotes, cedendo o Parque São Jorge para o encontro.

Depois pela clara demonstração de irrelevância do evento, que não contou com a participação de nenhum clube argentino, nem brasileiro, tirante o Corinthians.

“Paco” Casal tem o objetivo único de ser o responsável pelos direitos de transmissão das Copas Libertadores da América, Sul-Americana e Copa América, que hoje estão em poder da FOX.

Por diversas vezes foi rechaçado da entidade, não pelos motivos alegados na reunião, de que teria oferecido valores maiores à CONMEBOL, mas por ter, segundo dizem, “pechinchado” na propina.

Casal é praticamente “dono” não apenas no futebol uruguaio, mas também das transmissões de tv no país.

Somente por intermédio de sua empresa os clubes podem receber os valores pelas transmissões de suas partidas.

“Isso tem sido prejudicial ao futebol uruguaio. Os jogadores cada vez ganham salários menores, os clubes estão falidos, mas os empresários cada vez mais ricos. Os únicos jornalistas que apoiam a relação contratual entre a Associação Uruguai de Futebol e a Tenfield (empresa de “Paco”), são os que trabalham para a empresa, que tem o monopólio no país”, afirmou um jornalista uruguaio.

Nota-se, portanto, que a grande “revolução” alardeada pelos partícipes da reunião, com ressonância da imprensa de releases, é, na verdade, uma troca de comando visando participar da farra já instituída na CONMEBOL.

A simples participação de gente como Andres Sanches, de histórico conhecido no Brasil, além de Maradona, craque dos gramados, mas absolutamente inconfiável fora deles, além de um irmão de Hugo Chaves, demonstra o nível dos “revolucionários”.

Espanta-me apenas a ingenuidade do deputado Romário, tão combativo e importante no Congresso contra as mazelas do futebol, mas absolutamente enganado por quem se traveste de cordeiro, mas sempre foi lobo nos bastidores do esporte.

EM TEMPO: vale lembrar que o primeiro objetivo da MSI quando investidora do Corinthians, era o de dominar, também, as transmissões de Futebol na América Latina.. Não por coincidência, obviamente, os “empresários” da MSI foram ciceroneados por Andres Sanches.

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