Em recente, e desastrada, inserção de marketing na sua camiseta, o Corinthians levou calote de R$ 1 milhão, da fictícia empresa “Apito Promocional”, em negócio fechado pelo vice-presidente Luis Paulo Rosenberg.

Pior, como solidário na ação publicitária, responde na Justiça a processos de indenização de consumidores lesados pela “promoção”, nunca honrada, que podem elevar os valores a mais de R$ 10 milhões, em caso de quase certa condenação.

Para demonstrar “indignação”, o Corinthians ingressou com processo de cobrança contra a “Apito Promocional”, no intuito de receber a quantia devida.

Mas, de maneira inusitada, o procedimento “empacou”, por motivo que, no mínimo, demonstra a enorme incompetência de seus gestores.

O clube não sabe indicar à Justiça o endereço da empresa, muito menos de seus sócios, ou, pelo menos, os que constam na documentação.

Razão pela qual, daqui a alguns meses, o processo caminhará para a prescrição, com o prejuízo sendo assumido pelos caixas alvinegros.

Além da estranheza de ter fechado um negócio de valores tão altos para colocar a marca de uma empresa inexistente justo no principal espaço de mídia do clube, outros fatores são dignos de questionamentos.

Há quem diga que essa ação de patrocínio foi intermediada pela empresa do apresentador Milton Nevez, da BAND, e rapidamente “abraçada” por Rosenberg, que abriu as portas do clube dispensando, por razões óbvias, consultas mais elaboradas sobre a condição empresarial dos contratantes.

Fato é que o próprio Milton Neves, além do parceiro Neto, este, além de tudo, conselheiro do Corinthians, foram os “garotos propagandas” da Apito Promocional na mídia, sem que conste, na Justiça, qualquer ação dos mesmos de cobrança de possível calote em seus “cachês”.

Ou seja, receberam o que foi combinado.

Não seria uma atitude inteligente do clube perguntar aos referidos apresentadores quem, quando e onde receberam seus pagamentos ?

Ou seria, talvez, mexer demais no que precisa ser esquecido ?

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