Enquanto dirigentes do Corinthians falam maravilhas à imprensa sobre recordes de faturamentos, que, aliás, aumentou até em proporção menor do que os de alguns adversários, é alarmante notar o grau de endividamento do clube nos últimos meses.
O Diretor Financeiro, Raul Corrêa da Silva, colocou no balanço R$ 27 milhões, em seis meses, porém, assim como justificou os números com a desculpa de contratações, por sinal previstas no orçamento, não indicou que o Corinthians recebeu R$ 28 milhões sobre a venda de Paulinho.
Não fosse por esse negócio, não previsto, e a dívida teria aumentado R$ 55 milhões no período.
Quase R$ 10 milhões ao mês.
Sem falar do que vem por ai com o estádio, belíssimo, porém, como negócio, péssimo para o clube.
Observando o último balancete divulgado, com números de 2013, observamos outros dados, também preocupantes, que a diretoria preferiu, digamos, não destacar.
Em dezembro de 2012, o Corinthians tinha R$ 21 milhões em empréstimos tomados, agora tem R$ 30 milhões.
Ou seja, além do prejuízo já discriminado, o clube tomou R$ 9 milhões emprestados em apenas seis meses.
Há, também, o item “custo com venda e aquisição de atletas”, vulgarmente chamada como “comissão” paga a empresários ou dirigentes envolvidos em negociações.
R$ 15,7 milhões.
Estão ou não bem melhor explicadas, em números, não em desculpas de dirigentes, as razões do endividamento alvinegro ?