Luis Álvaro de Oliveira, o LAOR, inteligente, quando de sua primeira eleição como presidente do Santos, procurou a imprensa com um discurso revolucionário, corajoso e até moderno, que fez empolgar a todos que esperavam por mudanças não apenas na gestão do clube, mas também nos caminhos a serem seguidos no futebol brasileiro.

Anos depois, após ter sido até reeleito, deixa o futebol, e a presidência do Peixe, de maneira melancólica, pela porta dos fundos, alegando motivos de saúde para não sofrer inevitável processo de impeachment.

Não cumpriu quase nada do que prometeu, e, pior, fez tudo, de maneira ainda mais dissimulada, do que recriminava noutros dirigentes.

No início, aproveitando-se de uma boa herança de jogadores, entre eles Neymar e Ganso, soube usufruir do presente, e conseguiu algumas conquistas.

Depois, por clara incompetência administrativa, não deu continuidade, abandonou a base, e a derrocada nos gramados, acentuada com as saídas dos citados atletas, tem se mostrado a cada dia mais preocupante.

Nos bastidores, então, sua gestão foi ainda mais desastrosa.

Uniu-se ao que há de pior no esporte, transacionou quase sempre de maneira obscura com empresários, manteve na folha de pagamento mais de 400 pessoas ligadas a financiadores de suas campanhas políticas, além de, arbitrariamente, perseguir, na Justiça, qualquer veículo de comunicação e até torcedores que ousassem criticar seu desgoverno.

O tempo tratou de demonstrar aos que lhe ouviram no início que o discurso era camaleônico, adaptável a quem estivesse escutando, bonito na forma, mas vazio na essência.

Uma decepção, mais uma, proporcionada por “espertalhões” de fala mansa, mas que, na verdade, almejavam apenas a perpetuação no poder e, talvez, algum tipo de benesse.

O Santos que abra o olho, daqui por diante, porque os que ficaram no lugar, além de não confiáveis, sequer possuem o traquejo do antecessor, mas comungam, certamente, dos mesmos hábitos e incompetência.

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