Demonstrando enorme superioridade, os alemães do Bayern venceram o São Paulo, por dois a zero, numa partida que se não fosse amistosa, certamente terminaria com o placar mais dilatado.

Disputarão agora a final do torneio com o Manchester City, que derrotou os reservas do Milan por cinco a três.

Somente Rogério Ceni, mesmo perdendo pênalti, teve atuação digna e compatível com tudo o que já fez pelo clube.

O primeiro tempo do São Paulo, mesmo com o objetivo alcançado de não levar gols, foi de uma postura absolutamente covarde, indigna de um clube com tanta tradição.

Somente os alemães jogaram futebol, numa partida que parecia ser disputada contra uma equipe de amadores.

Um vexame.

Não fosse por Rogério Ceni, que fez pelo menos quatro milagres, além doutras cinco ou seis defesas de menor periculosidade, e o Bayern, que nem se esforçou muito para entrar na área tricolor, teria goleado.

Dava dó de quem aparecia para marcar Robben e Ribery, tamanha a humilhação a que eram submetidos em dribles curtos e jogadas pelas laterais.

Na tentativa de melhorar, talvez, a ligação com o ataque, que inexistiu na primeira etapa, o São Paulo voltou do intervalo com Ganso no lugar de Osvaldo.

Mas o panorama do jogo permaneceu o mesmo, com os alemães no ataque e o Tricolor tentando evitar a derrota.

Aos 8 minutos, Ademilson entrou no lugar de Jadson.

Um minuto depois, enfim foi feita a justiça no placar quando Robben cruzou pela direita e Mandzucik, sozinho, completou para as redes.

Depois do objetivo alcançado, Guardiola trocou meio time, facilitando a vida do Tricolor.

No São Paulo, aos 18 minutos, Lucas Evangelista entrou no lugar de Fabricio, cansado.

No desespero, os brasileiros, após os 20 minutos, tentavam sair um pouco mais da defesa, mas sofriam com os contra-ataques e as trocas de passes precisas dos adversários.

Nem contra os reservas dos alemães o Tricolor conseguia forças para equilibrar as ações.

Ah ! Se não fosse Rogério Ceni, que também, na etapa final, realizou outra sucessão de milagres…

Deu tempo ainda para, aos 40 minutos, sem esforço algum, o Bayern fazer o segundo gol, com Weiser aproveitando-se de rebote na trave em batida de Shaquiri.

E de Rogerio Ceni, o melhor do Tricolor, dois minutos depois, perder uma cobrança de penalidade, bem defendida por Neyer.

Um pecado.

Ao termino da partida ficou a certeza de que o São Paulo deveria ter se recusado a jogar o torneio evitando expor ao mundo a atual mediocridade de seu futebol.

Há de se ter respeito por uma história tão vencedora.

Tomara amanhã, contra a equipe reserva do Milan, pela disputa do terceiro lugar, o desempenho da equipe seja, mesmo que num esquema mais defensivo, mais digno de sua grandeza.

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