De maneira espetacular, com muita raça, dedicação, essa fantástica equipe do Atlético conquistou, no Mineirão, a Copa Libertadores da América.

Após uma emocionante vitória por dois a zero no tempo normal, com gol decisivo quase no minuto final, empate na prorrogação e vitória por quatro a três nas penalidades.

Um título absolutamente merecido, do time que apresentou, indubitavelmente, o melhor futebol do torneio, fruto de mais um belíssimo trabalho do treinador Cuca.

O Galo encontrou enormes dificuldades para vencer o forte sistema defensivo dos paraguaios na primeira etapa que, nos contra-ataques foram ainda mais perigosos que os brasileiros.

Ficou a maior parte do tempo com a bola nos pés, mas sem imprimir a pressão habitual doutras partidas jogadas em seus domínios.

Tanto que a primeira grande jogada de perigo do jogo aconteceu aos 15 minutos, quando Vitor fez milagre em batida a queima-roupa do ataque do Olímpia.

O Galo respondeu apenas aos 19 minutos, quando Josué escapou pela direita e cruzou para Ronaldinho, sumido no jogo, cabecear com perigo.

Novamente em contra-ataque perigoso, aos 33 minutos, Silva escapou pela esquerda, cortou para dentro, bateu no canto de Vitor que novamente defendeu bem.

Cinco minutos depois, Jô fez o pivô para Tardelli concluir, com perigo, por cima da meta.

Tendo que tirar a vantagem de dois gols da equipe paraguaia conquistada no primeiro jogo, Cuca voltou para a etapa final com Rosinei no lugar de Pierre.

E Jô, logo aos 55 segundos, aproveitando-se de falha da zaga paraguaia, abriu o marcador, explodindo o Mineirão.

O Galo, daí por diante, partiu para a pressão.

Aos 5 minutos, Bernard escapou pela direita, cruzou para Tardelli, o goleiro paraguaio fez boa defesa e, no rebote, Jô quase marcou.

Cinco minutos depois, Rosinei, jogando muito, serviu a Jô, que dominou, girou, bateu forte, mas o arqueiro defendeu bem.

Michel levantou pela esquerda, aos 14 minutos, Leonardo tentou ajeitar de cabeça, errou, mas por pouco não marcou, com a bola pegando no travessão.

Junior Cesar entrou sozinho na área, aos 19 minutos, mas Silva, bem colocado, defendeu.

Silva fez novo milagre, aos 26 minutos, em cabeçada de Leonardo, após levantamento de Ronaldinho.

Na sequencia, Cuca saca Michel e coloca Alecasandro.

O Galo era cada vez mais ataque… mais coração.

Tardelli perdeu gol absurdo, com o goleiro caído, aos 33 minutos, mas, para sorte do atacante, o impedimento já estava marcado.

Na sequencia, Guilherme entrou no gramado, no lugar exatamente de Tardelli.

O Mineirão quase teve um enfarto quando, aos 38 minutos, Ferrera escapou sozinho, driblou Vitor e, na hora de fazer o gol, tropeçou sozinho no gramado, caindo de maneira patética.

Um minuto depois, Manzur derrubou Alecsandro na entrada da área e foi justamente expulso.

A bola cruzava a área do Olímpia de tudo quanto era jeito quando, aos 42 minutos, Leonardo Silva, de cabeça, emocionante, colocou o Galo na prorrogação.

Jô foi escandalosamente segurado dentro da área, aos 44 minutos, mas a arbitragem não marcou a penalidade.

Veio o tempo extra, e com ele a esperança do torcedor Atleticano, que gritava “Eu acredito !”, emocionando o Brasil.

Dentro de campo, o Galo fazia um jogo de ataque contra defesa, na pressão, tentando de todas as maneiras a marcação do gol decisivo.

Rever, aos 8 minutos, acertou, de cabeça, o travessão paraguaio.

Na sequencia, Silva fez grande defesa em bola de Guilherme.

Os jogadores do Olímpia, claramente amedrontados, começaram a fazer cera, caindo a todo instante no gramado.

Aos 12 minutos, Josué acertou grande chute da intermediária, e Silva, mais uma vez, salvou os paraguaios.

Logo aos 2 minutos da segunda etapa, Bernard caiu fora de campo com caibras, após tentar cruzamento.

Tentou voltar, mas caiu novamente, absolutamente sem condições de jogo.

Jô recebeu na área, aos 7 minutos, mas girou fraco.

Pitoni, de falta, quase calou o Mineirão, aos 9 minutos, em bola que passou raspando o canto direito de Vitor.

A essa altura as equipes estavam extenuadas no gramado.

Aos 11 minutos, mancando, Bernard voltou para o jogo, demonstrando imensa vontade de contribuir para a equipe.

No minuto final, Alecssandro teve a oportunidade, tirou do goleiro, mas a zaga afastou antes da bola chegar ao gol.

O título máximo das Américas foi decidido nas penalidades.

E logo na primeira batida, de Miranda, São Vitor fez o primeiro milagre.

Alecsandro bateu e fez o primeiro do Galo.

Ferrera empatou para o Olímpia, em bola que passou embaixo do corpo de Vitor.

Guilherme, com paradinha, fez dois a um.

Candia, no meio do gol, dois a dois.

Jô, no meio, três a dois.

Aranda, na paulada, empatou.

Com categoria, Leonardo Silva num canto, goleiro no outro.

Quatro a três.

Gimenez, na trave, e o Mineirão se emocionou.

A América agora é do Galo, numa conquista histórica, justa, que certamente será comemorada madrugada a dentro em BH, pela enorme e atuante torcida do Atlético.

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