Recentemente, sete criminosos foram endeusados pela mídia brasileira e tiveram todas as despesas pagas pelo Governo, durante a estádia forçada em terras estrangeiras e também no retorno a nosso país.

Deputados, “jornalistas”, entre outros, pegaram carona no episódio para se tornarem populares com o grupo criminoso em que os referidos marginais possuem ligação.

Enquanto isso, no mundo decente, as coisas acontecem com enorme dificuldade.

A advogada brasileira Maisa Ildefonso Lima, vítima de acidente entre dois balões na Capadócia, precisa de um avião UTI para retornar ao Brasil, a custo de US$ 100 mil.

Conseguiu US$ 85 mil pela cobertura de seguro que possui, e teve recusado pelo Governo Brasileiro ajuda para complementar o restante, US$ 15 mil.

Maisa teve perfuração no pulmão, quebrou ossos do corpo e passou por cinco cirurgias.

Em declaração oficial, o Governo diz que arcar com os custos de Maisa “comprometerá o orçamento da Embaixada brasileira local”.

Deve ter razão.

Afinal, a verba para vinhos caros, whiskys, entre outras benesses não pode ser comprometida.

O caso dos sete marginais, citado acima, deve ter sido, então, uma exceção à regra.

Certamente bem mais do que US$ 15 mil foram gastos entre custas processuais, honorários advocatícios, além da estádia e diárias para políticos.

Ah ! Não há notícias de que os deputados que se mobilizaram por bandidos nos últimos meses, nem seus parceiros, tenham, ao menos, telefonado à Capadócia, nem a imprensa brasileira montado links ao vivo para expor a situação.

Centenas de desocupados receberam os marginais brasileiros em sua chegada ao Brasil.

Dificilmente o retorno da advogada brasileira, se conseguir alguma ajuda, receberá mais do que duas linhas em jornais brasileiros.

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