Por JOSE RENATO SATIRO SANTIAGO
Pois é.
Não tem jeito, por mais que se venda o profissionalismo no futebol, as atitudes de alguns dirigentes acabam por explicitar a sua plena ausência.
Na última sexta-feira, o Santos decidiu pela demissão do técnico Muricy Ramalho.
Certamente os dirigentes alvinegros têm todo o direito de tomar tal atitude.
Durante o período que lá esteve Muricy desenvolveu um bom trabalho que resultou muitas conquistas para a equipe santista.
Teve sua dose de responsabilidade nas conquistas.
Assim como tiveram todos os jogadores e demais funcionários do Santos.
Gostaria de repetir, os dirigentes santistas têm total direito de decidir pela demissão de seu funcionário.
Independentemente do motivo que tenha provocado tal ato.
No entanto, a questão é o como?
E isto faz toda a diferença.
Uma vez confirmado o ato que a demissão do técnico ocorreu por telefone, cabe considerar algumas coisas.
A maior está relacionada com o total falta de respeito a um funcionário.
Injustificável.
Irresponsável.
Mais do que amadora, tal tipo de atitude permite abrir uma discussão.
Se um técnico consagrado como Muricy teve este tipo de tratamento, imaginem outros funcionários e jogadores.
Será que mandam uma carta?
Um telegrama?
Ou, ao menos, até mesmo um sinal de fumaça?
Não quero nem imaginar o que deve acontecer com os inúmeros jovens que acabam sendo submetidos de forma similar a este tipo de constrangimento, que pode se chamar, até mesmo de violência.
Mas o pior de tudo é que muito possivelmente este tipo de atitude não é exclusividade de apenas um clube.
Infelizmente trata-se de uma prática comum do meio do futebol.
Que infelizmente, por estas e muitos outras, ainda sofre pela falta de profissionalismo.