Após a revelação de que um auditor da Receita Federal foi demitido por receber propina de R$ 150 mil do Corinthians para, digamos, “facilitar as coisas”, faz-se necessário esclarecer algumas questões.

Que pessoa do Corinthians, a mando de quem, e de que maneira efetuou o pagamento, é uma das dúvidas.

Esse tipo de saída de recursos, aparentemente não contabilizada, dá margem a diversos outros desfalques que precisam urgentemente ser apurados.

Certo é que dificilmente essa ação, de corrupção passiva ou até ativa (mais grave), se realizada nessa gestão, seria executada pelo clube sem a anuência de seu presidente, Mario Gobbi, um delegado de polícia.

O que torna tudo ainda mais grave.

E pensar que os possíveis “propineiros” atuais são os mesmos que “demonizaram”, à época com razão, o ex-presidente Alberto Dualib, por hábitos semelhantes.

Bastou o poder mudar de mãos para que, tudo indica, as práticas criminosas se mantivessem.

Basta verificar o currículo de muitos na atual gestão.

O presidente da diretoria, frequentador assíduo da corregedoria policial, o presidente do CORI, flagrado em escutas da PF como comprador de sentença de juízes, seu vice, “ex-laranja” do marketing alvinegro, e repassador de recados da Máfia Russa.

Há também os tais “obsessivos”, responsáveis por departamentos importantes, como o financeiro, de onde deve ter saído o dinheiro para o auditor, e os “fora dualib” que hoje pegaram a “boquinha” no futebol amador.

Sem contar as figurinhas carimbadas, Andres Sanches, André Negão, Mané da Carne, Waldir Cozinha, etc., etc., etc., nenhum deles adeptos da moralidade.

Em recente entrevista, Alberto Dualib chegou a dizer que Sanches era “sua cria”, um “aluno” que superou o mestre.

Os fatos, que se repetem diariamente, comprovam que realmente falou a verdade.

Nessa hora, também, o Governo do Brasil e a grande mídia não podem se omitir perante fato tão grave, principalmente levando-se em consideração as diversas facilitações ao clube nos últimos anos, oriundas da benevolência de Luis Inácio Lula da Silva, o chefe de todos.

Apuração, punição e exposição dos culpados é o mínimo que se pode esperar, sejam eles os “facilitadores” da República, ou os “propineiros” do Parque São Jorge.

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