dr. ademir

Ontem à noite, o programa Estação Trianon nos Esportes, comandado por Wanderley Ribeiro, exibiu matéria do repórter Fabio Augusto, o Fabinho, com o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Ademir de Carvalho Benedito.

O assunto em pauta foi a reunião a ser realizada na próxima segunda-feira para autorizar a diretoria do Corinthians a ceder parte do Parque São Jorge para o fundo ARENA, que depois tentará empurrar o bem à CAIXA, na tentativa de viabilizar sua intermediação no empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES.

E o desempenho do conselheiro corinthiano, com respostas que, em alguns casos, falsearam a verdade, noutros, demonstraram absoluta dificuldade de raciocínio, se agrava ainda mais levando-se em consideração que se trata de um desembargador de justiça.

Em primeiro lugar, Ademir disse que a reunião seria para tratar de “repasse de bem imóvel do Corinthians para a Odebrecht”.

Além de falar com a naturalidade desproporcional à gravidade da situação, Ademir esqueceu-se que, na verdade, o repasse será feito para o fundo Arena, que, embora tenha a Odebrecht como financiadora principal, tem outros parceiros, como a enrolada BRL Trust.

O desembargador falou também desconhecer quantas das quatro escrituras do Parque São Jorge estão penhoradas, “não tenho certeza se são duas…” (na verdade são três, além de um arrolamento), e afirmou que dependerá apenas da CAIXA aceitar ou não bens nesse estado para realizar o negócio.

Com relação às escrituras penhoradas, causa espécie um desembargador, conhecedor de Leis, realizar tal afirmação, sobre o documento arrolado, falta mesmo é o mínimo de cidadania para se indignar com o assunto.

Outra observação relevante é notar que, durante todo o bate-papo, em momento algum Ademir se mostrou desconfortável, tanto com a possibilidade do Corinthians correr o risco de perder patrimônio que lutou anos para conquistar, quanto com a imoralidade absoluta que seria a CAIXA aceitar a transação.

Se, na próxima segunda-feira, metade dos Conselheiros estiver presente à reunião, e, destes, 2/3 aprovarem o desejo da diretoria, por lei, haverá ainda que ser realizada uma Assembleia Geral de associados para referendar a decisão.

Fato este que estranhamente não vem sendo comentado nos bastidores do Parque São Jorge.

CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA DE ADEMIR BENEDITO A RADIO TRIANON

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