Ontem, em deprimente cena eleitoreira e demagógica, antes da partida entre ASA e Palmeiras, em Alagoas, o senador Fernando Collor de Melo entrou no gramado e presenciou, junto com o presidente da CAIXA, a assinatura do contrato de patrocínio com o citado clube local.

Acordo intermediado pelo próprio Collor, que declarou ainda será formalizado, nos próximos dias, com a outra grande equipe do Alagoas, o CRB.

A CAIXA, que deveria servir a população e ao Governo, cada vez mais está à mercê dos governantes e de sua “patota”.

Participa, sabe-se lá se de maneira passiva ou ativa, de boatos sobre “Bolsa Família”, patrocina clubes ligados aos “companheiros”, intermedia empréstimos do BNDES e até entra em disputa de naming rights para garantir a popularidade dos que dela necessitam.

O banco, de tanta história, tornou-se instrumento de manobra de meia dúzia de espertalhões, quase como se fosse uma metralhadora dos tempos da Máfia, sendo utilizada a bel prazer pela criminalidade.

E o povo, bovinamente, iludido pelo “ajuda” aos clubes de coração, defende a imoralidade, tornando-se peça ativa do roubo de seus próprios bolsos.

Uma situação dantesca, lamentável e de difícil solução.

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