Hoje o candidato único às eleições da TV Cultura, Marcos Mendonça, deve ser ratificado como presidente da emissora.
Decisão que somente não ocorrerá se a manobra, muito difícil, de impedir o quórum da votação, prometida por alguns, lograr êxito.
A grande questão, após a posse do novo presidente, é traçar os caminhos que devem ser seguidos pelo gestor, que já presidiu, anteriormente, a emissora, além de ter sido também Secretário de Cultura em São Paulo.
Por sinal, sem empolgar em nenhuma das gestões.
Há de se mudar a atual mentalidade de que a TV Cultura precisa ter atrações que, mesmo sem qualidade, possam concorrer em audiência com outras emissoras.
Um grave erro, que foge da premissa essencial de uma tv pública, que é educar o cidadão e dar-lhe alternativas para pensar, não seguir bovinamente o que pede a indústria do entretenimento.
Não importa quantas pessoas assistirão o canal, mas sim, tratar adequadamente aquelas que o fizerem.
Na Europa, os principais espetáculos de seus respectivos países encontram espaço nas grades das emissoras públicas para serem exibidos, enquanto, por aqui, precisam implorar por um mínimo de apoio.
Cultura e Jornalismo de qualidade devem ser a principal bandeira a ser encampada pela nova gestão, deixando de lado a ideia de se fazer igual ao que cada vez menos vem sendo prestigiado pelo público nos canais tradicionais.