“Vou dizer algo que é loucura, mas menos democracia é, às vezes, melhor para a organização de uma Copa do Mundo”

“Quando você tem um chefe de Estado muito forte, que pode decidir, como talvez [o presidente Vladimir] Putin possa fazer em 2018, é mais fácil para nós, organizadores, do que em relação a um país como a Alemanha, onde você tem que negociar em diferentes níveis”

“A principal luta que temos é quando entramos em um país onde a estrutura política se divide, como o Brasil, em três níveis, federal, estadual e municipal”

As declarações acima, oriundas do secretário geral da FIFA, Jérome Valcke, num simpósio na Suíça, dão mostras claras das razões de ter sempre convivido em extrema harmonia com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Gente que, por motivos óbvios, abomina a democracia e, principalmente, os meios de investigação a ilícitos proporcionados pelo regime.

Ao dizer, então, que ter um chefe de estado forte, que possa decidir, facilitaria as coisas para a FIFA, Válcke escancara, mesmo que implicitamente, os objetivos da entidade, enxovalhando, por tabela, os presidentes de Brasil e Alemanha, tratados indiretamente como fracos.

Tivéssemos, no mínimo, um Ministro do Esporte que não fosse alinhado aos “espertalhões” do esporte e, sem dúvida, a resposta a esse tipo de declaração seria no tom exato de quem honra a decência.

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