Em fevereiro de 2011, após avaliação médica do Dr. Joaquim Grava, o Corinthians recontratou o atacante Liedson, oriundo do Sporting, de Portugal, por 2 milhões de Euros, quantia equivalente a R$ 4 milhões.
Um verdadeiro crime.
Meses antes, Liedson havia ingressado com pedido de aposentadoria por invalidez, em Lisboa, com perícia apontando 23% de incapacidade de locomoção.
Um número expressivo em se tratando de atleta profissional.
É certo que o atacante se esforçou, fez boas partidas, mas apenas cinco meses depois o inevitável aconteceu: o joelho, quase sem cartilagem, cedeu.
O que era antes 23% se acentuou monstruosamente e Liedson já encontrava dificuldades até para caminhar.
Às pressas, o jogador foi operado, para seu dissabor, pelo mesmo médico que o liberou para atuar em estado de invalidez.
No dia 22 de julho, foi submetido a cirurgia de artroscopia na clínica do Dr. Joaquim Grava.
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Quase que criminosamente voltou aos gramados, um mês depois.
Não dava mais.
Liedson se arrastava nos gramados, sua falta de mobilidade, que antes era pouco reparada tornou-se ainda mais acentuada.
O Corinthians, sabedor do que estava acontecendo, decidiu não renovar mais seu contrato, empurrando o jogador gratuitamente para o Flamengo, local em que o médico do clube, Dr. Runco, que tem um filho trabalhando no Corinthians sob as ordens de Grava, portanto sabedor dos pormenores, se omitiu.
Em pouco mais de um ano, a irresponsabilidade do Dr. Grava, além de ocasionar danos irreparáveis ao jogador, proporcionou prejuízo financeiro ao Corinthians, contando o valor de contratação, entre outros pormenores, na casa de R$ 5 milhões.
Liedson ficou de agosto de 2012 até janeiro de 2013 no Flamengo, quase sem jogar, acentuando ainda mais sua contusão.
Aproveitando do prestígio do jogador em Portugal, a equipe carioca tratou de negociá-lo, também de graça, ao Porto.
Até o momento, o desempenho do jogador em seu retorno a Portugal é o pior possível, dentro do imaginado pela gravidade de sua situação.
Em 14 partidas, foi relacionado para 12.
Dessas, jogou três vezes entrando no segundo tempo, sem anotar gols.
Em nove, sequer saiu do banco para aquecer.
Para piorar, o processo de Liedson, solicitando aposentadoria, antes escondido, veio à tona, escandalizando o país, colocando em dúvida, certamente, os procedimentos médicos que permitiram a continuidade de sua carreira no Brasil.
Sem dúvida, os Drs. Joaquim Grava, do Corinthians, e Runco, do Flamengo, devem muitas explicações sobre o episódio.