Em 2010, a equipe do Naviraiense/MS ficou conhecida em todo o país por ter sido eliminada da Copa do Brasil após sofrer goleada de um inspirado Santos por dez a zero.

Três anos depois, o mesmo clube, de maneira surpreendente, eliminou a Portuguesa, em pleno Canindé, empatando em uma a um, após resultado de zero a zero na primeira partida, emocionando não apenas o estado do Mato Grosso do Sul, mas todos aqueles que admiram a essência do verdadeiro futebol.

Sem recursos, a equipe viajou quase mil quilômetros de ônibus, exatos 986 km, para chegar à São Paulo, ontem à noite, véspera da partida.

Para se ter noção da dificuldade, Naviraí fica a 359 km de Campo Grande, principal cidade do Mato Grosso do Sul.

A folha salarial da equipe é de R$ 60 mil no total, com salários médios de R$ 1,2 mil.

Enquanto isso, jogadores como Valdivia, do Palmeiras, que a cada unha encravada fica seis meses sem jogar, ou Denilson, que alegou cansaço com 30 minutos, na última partida do Tricolor, ganham muito mais do que merecem, sendo tratados como reis em clubes de estrutura imensamente maior do que a equipe do MS.

Pois é.

A emoção do Navirainse foi tão grande que o Prefeito da cidade, Léo Matos (PV), esqueceu o protocolo e correu para a arquibancada, gritando e pulando com os torcedores da equipe, também heróis por terem percorrido distancia tão grande para torcer por uma missão que parecia realmente impossível.

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